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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fórum de inspirações


Cartaz enviado pela aluna, Káthia Lima Vieira, do 1º ano de Design de Moda - UEG.
Clique em cima da imagem para visualizá-la maior.

Evento: Fórum de Inspirações (para bolsas, calçados e artefatos - Verão 2011)
Palestra com: Marnei Caminatti
Data: 27/10/2009
Horário: 19 horas
Local: Faculdade de Tecnologia SENAI Ítalo Bologna - Auditório Gilson Alves de Souza
Rua Armogaste José Silveira, 612, Setor Centro Oeste
Inscrições: assistencal.org.br/forum ou www.senai.br/design
Obs.: O material do evento será entregue somente mediante apresentação de cartão profissional.
Realização: Assistencal by Brasil, SEBRAE, SENAI, Apex-Brasil

Eu odeio moda!

Abaixo o ousado texto da provocativa, Lizandra Olavrak, aluna do 3º ano de Design de Moda da UEG.
Em um mundo onde a imagem é o que conta, a moda encontra aí também seu lugar e se fortalece a cada dia. A maneira como eu me visto mostra quem sou ou mascara quem sou, minhas roupas me levam a várias portas. Será?

As pessoas são avaliadas muitas vezes pelas roupas que usam e, apenas por esse artifício, alguém já é determinado e carimbado, o que geralmente impede até mesmo que a vejam de modo diferente.

Um cidadão não pode usar roupas simples de nenhuma marca, roupas compradas em feiras populares apenas. Uma roupa bem escolhida confere status, pois uma pessoa bem arrumada, com uma peça bem cortada de marca cara e famosa, é bem vista pelos olhos dos outros e é tida como uma pessoa confiável.

A roupa é usada nesse caso como máscara, porque essa pessoa pode não ser uma pessoa confiável, mas é essa a imagem que ela passa aos outros.

Pessoas mal vestidas são discriminadas, rejeitadas, e logo são vistas como marginais. É certo que isso não é uma regra, mas mostra que na maioria das vezes, é assim que agimos.

A vontade de ser diferente, de mostrar o que se pensa, seus sentimentos, medos e insegurança, também influencia a maneira como vestir, surgindo estilos, grupos com características fortes.

Existe uma força na moda, um poder que une gerações, constrói e destrói imagens para serem reconstruídas inúmeras vezes, ressurgindo cada vez mais forte.

Mas e aí? O que isso tem a ver com odiar moda? Nem é a moda que dita essas coisas, é a cabeça preconceituosa, mesquinha e limitada das pessoas. Era esse tipo de pensamento que eu tinha com relação à moda, que a moda era algo que excluía as pessoas, que ela só estava ao alcance de quem realmente podia consumir. Que moda tinha, obrigatoriamente, que seguir padrões, roupas caras e de grife, corpo magro e esbelto, a beleza anorexa de modelos adolescentes drogadas e superficialmente felizes em anúncios, e todos os estereótipos atribuídos à moda.

Sim e não, essa é a resposta para a pergunta que eu não fiz! Dentro da moda existem pessoas que pensam assim: que a moda é um simples unir de tendências, estilos, vestes e beleza; que é um simples ir e voltar na passarela, mostrando roupas que quase ninguém poderá usar, Ou a repelem odiosamente combatendo os padrões nela existentes.
Resolvi pensar que a moda é algo mais que isso, e vejo que muitas pessoas também pensam assim, a postura de algumas pessoas que fazem moda está mudando: a moda não é algo apenas superficial e visto como futilidade.

E a moda tem mesmo que ser assim, algo social, que se preocupa com a humanidade, salvadora dos pobres e oprimidos? Eu realmente não sei, e várias vezes penso que não, mas quando paro para pensar nisso, tenho absoluta certeza que sim.

Eu odeio moda, e todos os estereótipos direcionados a ela, e todas as futilidades atribuídas a ela e todo aquele circo. Acredito que é muito mais que essas coisas e não quero responder questionamento nenhum, pois cada pessoa tem que pensar por si e encontrar uma função e o porquê gosta de moda. A maioria dos meus colegas de curso dizem que amam a moda, que moda é tudo, e copiam frases feitas, e se enchem de frases de estilistas famosos, e muitas vezes nem ao menos a essência dessas frases ditas eles captam. Prefiro enxergar mais que isso, e acreditar que é mais que isso, ficar com a rebeldia em frases e sem morrer a cada dia com o que não se mata.

Então, como eu posso estar dentro de algo que eu odeio? Justamente por isso!

Eu prefiro odiar a moda e pensar que ela é algo muito mais além de combinações, texturas e cores, sorrisos falsos e beleza efêmera. Prefiro minhas frases e admirar a beleza de todas essas coisas, admirar o processo belo da criação e de não ser e nem me sentir obrigada a gostar de algo ou a fazer algo, porque todos assim fazem. Posso estar certa, posso estar errada, assim como posso não estar coisa alguma, posso ofender algumas pessoas com tudo isso, ou não. Isso não é importante, não quero responder a nada, quero apenas ser e não estar, não existe arrependimento na escolha que fiz, apenas descobertas.

Não, eu não odeio a moda, e sim, eu odeio a moda!

Lizandra Olavrak

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Corset

Espartilhos são lindos, mas também polêmicos!

Aproveitando o gancho do texto da postagem anterior da aluna, Tainara Caiuá, um videozinho sobre um pouco da história do corset (do francês, espartilho) com a estilista brasileira, Madame Sher. O vídeo:

Onde vi esse vídeo: no blog Tight Lacing

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fetiche x Moda

Abaixo segue um texto produzido pela aluna, Tainara Caiuá, do 3º ano do curso de Design de Moda da UEG. A base do texto veio do tema do trabalho de conclusão de curso da aluna, orientado pela Prof.ª Me. Vivianne Cabral e Silva.


Ao pensarmos na palavra francesa fetiche, que significa feitiço, imaginamos pessoas sadomasoquistas que adoram ser pisoteadas, amarradas, que gostam de sentir dor, que curtem mulheres de saltos altíssimos, estranguladas por espartilhos. Porém, o fetiche vai muito além disso, ele é uma forma de encanto, é uma obsessão do homem ou da mulher por uma parte de um objeto, pessoa, ou até mesmo, por partes específicas do corpo de uma pessoa. O fetiche também é uma forma de prazer pela auto-humilhação onde os praticantes se sentem satisfeitos e agradecidos ao serem humilhados, submissos perante o sexo que eles consideram superior.


Tight Lacing. Disponível em: <http://farm3.static.flickr.com/2160/1863730005_491f7b4671.jpg>. Acesso em: 02 out. 2009.


Existem vários conceitos de fetiche dentro do conhecimento humano, desde a sexologia, a psicologia, ou até mesmo, a sociologia que enfatiza o conceito marxista que afirma que o fetiche de uma mercadoria consiste em ressaltar a alienação do trabalhador ao deixar-se influenciar pelas estratégias do capitalismo, fazendo com que tal trabalhador sinta desejo e necessidade de consumir um produto produzido por ele mesmo. Cabe dizer que esse conceito capitalista é o seguido pela moda, que faz despertar nas pessoas o desejo inconsciente do consumo, mas que as deixam realizadas, satisfeitas e felizes, afinal, comprar é uma satisfação imensa e o design é responsável pela alegria e felicidade alheia (enfim nós designers temos que sobreviver!).

O fetiche apareceu na moda apartir dos anos de 1970, quando o punk se consagrou com os Sex Pistols [1], que usavam roupas assinadas por Vivienne Westwood, influenciando assim estilistas como, Jean Paul Gaultier, criador dos famosos espartilhos de cones enormes nos seios - muito usados pela pop star Madonna.


Madonna. Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi__8AHalngDoUZo-pg0AUJ739KIg5er-g_8Ys7mNZnDK4S6VbPb-uaq9G7_tQE46S17qvdsNhv29nvq15ccksVAmHzYuaYlxKnUGsh-NpKSFmgYinKONpkj9GXTS0H2vr40tRJ20kdHtnA/s400/laced-back.jpg>. Acesso em: 02 out. 2009.

A gama de elementos ligados ao fetiche é vasta, dentre os mais conhecidos estão: os saltos altíssimos e finos, as botas, espartilhos com tight-lacing [2], as meias, as lingerie de renda e cetim, as roupas de couro de borracha, o uso de peles, de unhas e batons vermelhos, uniformes, aventais, vestidos, luvas, óculos, lenços, capas de chuva, ceroulas, objetos de sex shop.


Tight Lacing. Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi__8AHalngDoUZo-pg0AUJ739KIg5er-g_8Ys7mNZnDK4S6VbPb-uaq9G7_tQE46S17qvdsNhv29nvq15ccksVAmHzYuaYlxKnUGsh-NpKSFmgYinKONpkj9GXTS0H2vr40tRJ20kdHtnA/s400/laced-back.jpg>. Acesso em: 02 out. 2009.

Contudo, a moda fetichista consiste em tornar real o delírio, a imaginação, os desejos e anseios íntimos das pessoas, induzindo-as ao consumo de objetos que as satisfazem e atendem suas “necessidades” sexuais e emocionais.

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[1] Sex Pistols foi uma banda ícone do punk rock, formada em 1975, em Londres.
[2] Tight Lacing - laço apertado é uma prática adotada por alguns usuários de Corsets com o intuito de alterar a silhueta reduzindo a cintura. Disponível em: <http://persefoneloki.wordpress.com/2008/05/10/corset-tight-lacing/>. Acesso em: 02 out. 2009.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Look de desfile

Foto da aluna Larissa Vieira para demonstrar o look por ela produzido para o evento: UEG Mostra Moda que aconteceu em Trindade.
Quem encabeçou o evento foi a professora e coordenadora, Nélia Finotti, também da UEG em parceria com a prefeitura de Trindade.
As roupas que desfilaram foram: primeiro "um túnel do tempo" que remetiam às décadas de 1920 até 1980. Os trabalhos evidenciados compunham a gama de aprendizado oriunda das disciplinas estudadas durante o curso e, claro, da orientação de todos os professores do curso envolvidos.
Depois, vieram as roupas de plástico feitas para a disciplina: "Laboratório de Criatividade II", ministrada professora Lívia, da mesma universidade, que tinham como tema a água. O nome da modelo abaixo é: Hellen - da agência goiana Circuito Fashion.