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quinta-feira, 26 de março de 2009

Manhã de Tendência


Evento: Manhã de Tendência – projeto moda feminina na grande Goiânia Painel Varejo – Verão/2010
Convidada: Ellen Massucci Leite (coordenadora de moda da ABIT – Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção)
Dia: 31 de março de 2009
Horário: 9h00
Local: Auditório SEBRAE Goiás
Endereço: Av. T-3, nº1000, Setor Bueno, Goiânia-GO
Informações: (62) 3250-2409


terça-feira, 24 de março de 2009

O SORRISO

(Texto da aluna Daliana Georgia Fonseca Alves, 2º ano, Design de Moda, UEG)
Eu morava em Uberlândia-MG e como de costume, sempre que eu vinha à Goiânia passar férias, minha tia aproveitava os finais de semana para um passeio comigo. Eu sempre esperava ansiosa pelo roteiro dos nossos passeios. Parque Mutirama, Lago das Rosas, Zoológico, Natal na Praça Cívica... Naquela época, por volta de 1993-1994, tudo muito mais tranqüilo.
Nesse dia, uma tarde de sábado meio nublada – o que não me desanimou em nada – vesti um conjuntinho de roupas que gostava muito e que eu mesma havia escolhido na hora da compra.
Eu gostava muito dele por ter uma estampa com um casalzinho de bonecos feito de riscos, ter um Sol e a bermuda ter listras, algo que gosto muito até hoje. O tênis foi um caso a parte. Uma grande decepção. Na época usavam-se tênis com luzinhas que piscavam ao pisar no chão. Ótimo! Pedi um de presente para o meu pai, ele foi até a loja com minha mãe. Dessa vez, não fui e eu sempre gostava de estar junto para ajudar na escolha das minhas roupas e sapatos. Ele me trouxe esses tênis, na caixinha estava escrito Ortopé Light (me lembro como se fosse hoje). Abri, calcei, pisei no chão e nada de luzinha. Decepcionada, comentei com meu pai que não tinha acendido nada, ele me respondeu dizendo que estava escrito light na caixinha, então deveria ter um luzinha sim. Que nada! O tênis não tinha mesmo a luzinha, e hoje entendo que o light era por ser leve, anatômico, enfim... Não tive escolha e fiquei com o tênis mesmo assim.
Voltando à tarde de sábado nublada, estava com o conjunto, com o tênis e a meia que não era minha. Como nos dias anteriores havia chovido bastante, nenhum par de meias que eu havia trazido tinha secado. Minha tia e minha vó só tinham meias finas, e eu não gostava de meias finas, além do que elas ficavam grandes no meu pé. Porém, não tive outra saída.
Saímos de casa rumo ao Lago das Rosas, eu me lembrava que da outra vez que tinha ido lá eu tinha andado de pedalinho e me divertido. Chegando lá, não sei por que motivo, já que estava apenas nublado, não chovendo, os pedalinhos todos trancados, sem funcionamento. Claro, nada que tirasse meu bom humor e que fizesse com que eu ficasse sem me divertir. Entrei no pedalinho mesmo assim e tirei esta foto. No minuto seguinte, veio o guarda e pediu que eu me retirasse de dentro do brinquedo. Saí, e na seqüência de fotos já estou eu dando cambalhota na grama.
Hoje tenho 22 anos, sou adulta, e às vezes coisas tão pequenas me fazem perder o humor e me desanimar. Esta foto me fez relembrar que mesmo quando as coisas não saiam como eu esperava, o sorriso estava lá.

EU, MINHA MÃE E A BLUSA VERMELHA

(Texto da aluna Maisa Cassimiro de Souza, 2º ano, Design de Moda, UEG)
Quando tinha meus 7 anos de idade fiz novamente aquele corte de cabelo que eu achava lindo – Chanel com franja. Lembro-me que eu tinha uma blusa vermelha com dois corações, um branco e outro preto, o último estava sobreposto ao primeiro. Amava essa blusa! Para mim se eu a colocasse ficaria linda, “iria arrasar na escola”, já para minha mãe esta sem dúvida era horrível. Ela dizia: parece até que você não tem outras blusas porque só usa essa.
Em todos os lugares que ia queria estar com aquela linda blusa. Minha mãe perguntava o que tinha de tão especial assim na blusa vermelha, eu respondia: ela é linda, muito linda, tem dois corações, um de cada cor e o melhor ainda é vermelha. Apaixonada pela blusa era só minha mãe lavá-la que eu não perdia a oportunidade de usá-la. Minha mãe até pedia com jeitinho carinhoso para eu não colocá-la mais, mas, não adiantava esse jeitinho especial quando ela olhava para mim, lá estava eu com a blusa.
Não se passou nem 1 ano e minha mãe não agüentava mais me ver com aquela blusa. Então deu ela para uma das minhas primas. Só descobri isso quando novamente fui colocá-la, procurei em todo canto do quarto e não a encontrei. Cansada de procurar, logo imaginei que só podia ter sido minha mãe que a havia pegado. Fui diretamente perguntar para ela a onde estava minha blusa e ela disse-me o que havia feito. Entrei para o quarto com um “bico enorme” depois de ouvi-la falar. Estava com muita raiva e chorei, chorei, mas depois passou todo aquele sofrimento, pois já tinha outra roupa preferida, só que desta vez era uma mini-saia.
Como você já deve ter imaginado querido leitor - a história se repetiu. Não adiantou minha mãe desfazer-se de minha blusa, porque eu já tinha uma roupa substituta, ela sabia que iria sentir raiva novamente e que seria como jogar palavras ao vento, me pediu para deixar de usar a mini-saia. Ela – imagino que cansada, aceitou o uso desta, mas somente com short por baixo, e assim eu o fazia. Uma coisa ela admitia que preferia a blusa do que a mini-saia, pois a achava pequena demais.
Com o tempo os pais percebem que por mais que eles falem para nós nos desfazermos de algo que gostamos será em vão. Pois sempre teremos aquela roupa preferida, a Barbie que mais gostamos de brincar, o livro que tem a história que mais curtimos ler. Sempre faremos escolhas, e às vezes escolhemos coisas que julgamos serem únicas para nós.
Retomando a história da blusa, já se passaram exatamente 11 anos, e observando-a pelo foto, hoje, só a acho interessante e não tão linda assim. Creio que o que seja interessante mesmo era o sentimento que tinha por ela. Para falar sério mesmo, não sei como tive coragem de usar aquela blusa! E o melhor em comparar os pensamentos que tenho agora dos que tinha 11 anos atrás, é que dou muitas risadas e compreendo o quanto a mente pode se desenvolver.

A CAMISETA

(Texto da aluna Suzana Luiza Lemes Gomes, 2º ano, Design de Moda, UEG)
No dia 14 de fevereiro de 1985 eu nasci. Foi na cidade de Goiânia que dei meu primeiro choro, e alguns demais seguintes, pois era a cidade onde morei até completar dois anos de idade, meu pai era sócio de uma loja de peças para motos que se chamava KING’S.

Quando estava com sete meses, ele mandou fazer uma miniatura da camiseta da loja com o meu nome impresso nela toda. Acredito que foi uma grande homenagem. Um ano depois ganhei uma irmã, que se chama Joyce, e ele repetiu o mesmo gesto, só que com o nome dela.
O tempo passou e no dia 30 de abril de 1989, voltando de uma pescaria com meus tios, meu pai foi vítima de um acidente fatal, deixando minha mãe viúva e com duas crianças para criar. Foi um período muito triste e difícil até as coisas se ajeitarem normalmente.
Minha mãe foi uma guerreira, foi a melhor, jamais deixou que nos faltassem alguma coisa, sempre tivemos o apoio da minha família paterna, vivemos muito bem numa casa só de mulheres, pois minha mãe sempre respeitou a memória do meu pai. Em 25 de janeiro de 2007 nasceu a princesinha da família, minha filhinha Alice Lara, que só veio acrescentar coisas boas em nossas vidas.
Tenho um relacionamento de quatro anos com o pai da minha filha, vivemos muito bem a nossa vida do jeito que ela é, por isso é que moro com minha mãe, ela me dá seu apoio e sua companhia, e a Alice traz a felicidade para nossa casa.
A camiseta que estava guardada com muito carinho vestiu agora minha filha, pois chegou a minha vez de homenagear o seu avô.

INFÂNCIA BUCÓLICA

(Texto da aluna Paola Andréa Teixeira de Bertelli, Design de Moda, UEG)

Primeiramente, meu nome é Paola Andréa Teixeira de Bertelli, 18 anos, leão, morando em Goiânia-GO, sempre mantive certo contato com a natureza, por isso a escolha da foto. Estava em minha fazenda chamada Lagoa Bonita, situada no estado de Tocantins, no lugar que eu mais gostava, adoravelmente intitulei de ‘prainha’, pela presença de areia e dunas apesar de ter água doce: o Rio Paranã.
Havia uma parte que a água corria em cima de uma grande pedra e quando a ‘maré’ estava baixa, dava para ficar em cima da pedra. Atualmente, a prainha não existe mais por terem aberto uma hidrelétrica na região, a água tomou conta de tudo dando grande impacto na fauna e flora.
A roupa que estava usando era um maiô roxo com babadinhos verdes, eu adorava ele, lembro que o tinha fazia tempo. Lembro que ele ‘durou’ bastante, e atualmente verde é uma das minhas cores favoritas. O maiô era fora do comum, em termos de modelagem, parece que desde criança eu já gostava de algo diferente. O chapéu foi ‘trabalho’ da minha mãe, sempre coruja, nos protegendo do sol.
Em um breve resumo da minha vida, morei na cidade de Patrocínio Paulista-SP (nascida lá), até meus 12 anos, estudava e fazia escola de desenho em Franca-SP, depois mudei para Porto Velho-RO, onde são os negócios de meu pai, uma rede de panificadoras... Fiquei lá até meus 15, sempre com gosto pelo desenho e moda, gostava de ler, escutar musica, praticar esportes (era do time mirim de basquete), ver desenhos. Sempre fui uma criança e conseqüentemente adolescente sozinha, tinha amigos, mas gostava mesmo era de passar o tempo observando, escrevendo no meu diário.
Aos 15 mudei para Goiânia, cidade da minha mãe, onde moro até hoje com ela e meu irmão. Meus pais divorciaram há três anos o que por alguns lados foi o melhor para todos. Hoje eu graças a Deus, faço o que amo e quero sempre fazer mais e aprender mais qualquer coisa relacionada à moda e artes. Digo que nasci privilegiada por sempre estudar em escolas particulares e nunca me faltar nada graças ao Pai, porém ultimamente tenho andado com meus próprios pés. Sei que nesse ramo fashion há muita luta, muitas portas fechadas e correria. É sempre bom aprender desde cedo a se virar, tanto é que já morei sozinha durante quase dois anos.
Sempre pensando no futuro, assim que em formar, desejo mudar para a cidade de São Paulo e fazer minhas especializações, depois retorno à Goiânia para montar minha confecção e na cidade de Porto Velho também desejo ter uma loja. Estou consciente que são sonhos grandes e tenho que ‘correr muito atrás’, em todo caso creio que a moda foi o que sempre me motivou a continuar lutando.
Sempre penso que não devemos viver sem deixar nossas marcas, afinal, Deus não nos deu a vida a toa.

AS PROFISSÕES

(Texto da aluna Léia Pereira de Souza, 2º ano, Design de Moda, UEG)
Essa fotografia foi retratada com 9,10 anos de idade no desfile de 07 de Setembro, proclamação da república, esse desfile foi realizado com vários trajes de profissões, eu estava com o traje de professora, com um terno azul marinho com botões na frente, de manga comprida e com uma saia secretária, uma sandália simples preta, um penteado simples e delicado.
Porém, esta fotografia foi retratada na praça de minha cidade, eu estava no gramado com a mão em uma planta e com uma paisagem de árvore, pessoas, crianças, casas e bancos.
Portanto, usei essa roupa para representar os professores do mundo inteiro, adorei usa-lá, pois me sentia como se eu fosse uma pessoa grande, me sentia o máximo usando-a, me lembro que nem queria mais tirar a roupa, pois me sentia “tudo de bom” usando-a, as pessoas e amigos me elogiaram muito, disseram até que parecia uma professora de verdade.
Essa fotografia me faz recordar a minha infância com meus amigos e que eu participava de todos os eventos da escola, hoje sinto falta, pois não tenho mais a oportunidade de participar de todos os eventos relacionados à escola que estudava.

MINHA VESTIMENTA, MEU ESTILO

(Texto da aluna Hanna Gracie Graciano , 2º ano, Design de Moda, UEG)

O vestuário da foto resume o modo como eu gosto de me vestir até hoje — com roupas básicas e confortáveis, e com o calçado mais confortável que existe, o tênis. Embora na foto esteja de cabelo preso, eu sempre gostei dele solto.
Meus pais, principalmente meu pai, sempre quiseram que eu andasse como uma bonequinha — nunca gostei disto, ainda bem que eles tiveram outra filha que gostasse de ser enfeitada assim. Meu pai sempre comprava sandálias e vestidos para mim, mas eles “misteriosamente’’ sumiam e só restavam as roupas e calçados que eu realmente gostava.
No começo meus pais compravam roupas e acessórios que eles gostavam e outros que eu gostava — como as que eu não gostava “desapareciam’’, eles acabaram deixando que eu vestisse da forma que quisesse. Hoje em dia eles nem opinam mais em relação a isto.
Um dos motivos para que eu escolhesse o curso de Design de Moda foi o modo de me vestir — ser crítica e observadora, além dos bonequinhos de pano que faço, também foram fortes motivos para a escolha do curso.

MEU CONJUNTO COR-DE-ROSA

(Texto da aluna Bárbara Cintra Catozo, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Uma foto tirada em 1992 quando eu tinha apenas três anos de vida mostra uma roupa que eu gostava muito. Era um conjunto de short e camiseta branco com rosa, que na minha imaginação naquela época se parecia com a roupa usada por marinheiros. Havia ganhado essa roupa em meu aniversário de três anos juntamente com uma bicicleta rosa e branca.
Conversando com minha mãe, recordei o motivo pelo qual gostava tanto dessa roupa. Nessa época eu adorava andar de bicicleta e imaginava ser uma marinheira, essa roupa fui eu mesma que escolhi de presente, pois seu modelo com listras na camiseta e na barra do short lembrava, na minha cabeça, as roupas que os marinheiros usavam, e para combinar com minha vestimenta eu queria um barco rosa, mas é claro que nunca iria ganhar um barco rosa com apenas três anos de idade, então meus pais acharam uma alternativa, uma bicicleta rosa e branca.
Minha mãe sempre muito caprichosa combinava tudo, sempre usava esse conjuntinho com uma sandália branca muito confortável, adorava deixar meus cabelos soltos, pois dizendo ela era muito bonito.
Essa foi minha primeira bicicleta, a que eu mais gostei e a que eu mais andei. Um pouco antes de me mudar de São Paulo para Goiânia, com oito anos de idade, meus pais se desfizeram dela e me deram uma nova bicicleta que era amarela. Mas com certeza sempre irei me recordar da minha primeira e única bicicleta/barco rosa, com a qual tenho muitas fotos para guardar de recordação. Não sei o porquê, mas hoje em dia não gosto muito de usar roupas rosa, acho que foi porque nessa época eu usei muito.

FESTA EM FAMÍLIA

(Texto da aluna Janaina Oliveira de Almeida, Design de Moda, UEG)
Em fevereiro do ano de 1995, minha tia Leiliene se casou, mobilizando toda a família para a organização da festa e também para a confraternização em família. Eu e minha irmã fomos dama de honra, sendo eu a florista. Usei uma indumentária composta por vestido rosa pêssego e champanhe, luvas, arranjo no cabelo, sapato bronze e uma linda cesta de flores.
Naquele momento eu me sentia radiante, pois achava lindo aquele vestido rodado, bordado de pedraria. Eu também gostava da preparação para a cerimônia, eram ensaios, escolha do vestido, salão de beleza, tudo isso era muito divertido para mim que era uma criança de 10 anos.
Agora olhando esta fotografia me recordo da festa, que aconteceu na AABB de Petrolina de Goiás, cidade onde morei por 10 anos. A festa estava muito bem organizada, pois minha tia preparou tudo com antecedência e com a ajuda do meu querido avô, que não mediu esforços para que tudo saísse como ela havia planejado, pois minha tia Leiliene era a filha mais nova.
Mas o que mais me marcou foi a interação da família na festa, estávamos todos felizes e unidos. Eu me lembro que durante a festa eu e meus primos e amigos brincamos no parquinho do clube.
Depois daquele mês eu e minha família nos mudamos para Goiânia. Eu passei a visitar os meus parentes de três ou em quatro meses, o que era ruim, pois estava acostumada a conviver com os meus avós e ver como eles gostavam de mim. No entanto, este amor recíproco não acabou, mas a distância, a falta de tempo me impediu de tê-los por perto por mais tempo.
Até hoje sinto muita saudade da minha avó, que era a base da minha família. Depois que ela faleceu a família nunca foi a mesma, começaram os desentendimentos e a falta de união.
Contudo hoje vejo que esta foto representa um momento feliz da minha vida, que foi marcada ela união em família. Apesar de não ser mais assim pelo menos tenho a fotografia para recordar estes bons momentos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

MINHA SWEET INFÂNCIA

(Texto da aluna Panmela Meyriellen Rodrigues de Souza Bragatto, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Nascida no dia 25 de maio de 1989 na cidade de Ivaiporã – Paraná, sendo a primeira neta de avós maternos, meu nome foi disputado para colocar todos os sobrenomes que correspondiam à família. Por isso, fui registrada de Panmela Meyriellen Rodrigues de Souza Bragatto.
A foto escolhida foi quando eu tinha apenas meses de vida. Como no sul é frio, a minha mãe ousou um pouco, como sempre, e simplesmente me enrolou em três cobertas e mais duas roupas e não deixando de esquecer, eu ainda estava com luvas. Pensa! Infelizmente não pude curtir esse frio louco de deixar as águas das torneiras congeladas ao nascer do dia que é lá no sul, porque a minha família veio embora para Goiânia quando eu tinha apenas 1 ano e meio de idade. Pelo que minhas tias e minha mãe contam, tive uma infância regada de mimo e mitidez com o decorrer dos luxos que tem uma primeira sobrinha e neta. Eram tantos mimos, atenção e vestidos caros que minha mãe fala que foi por isso que tornei essa garota chata, teimosa, ignorante e que só pensa em si mesma.
A fotografia não me faz recordar muita coisa não, até porque, como havia dito, eu estava com apenas meses de vida. Mas o texto refere-se a uma vida curta e alegre que tive quando criança... Curta, porque toda vida é muito curta para realizar todos os nossos desejos e alegre porque considero que depois que a gente vai dando conta que a gente tem que trabalhar, esforçar e pensar em coisas indesejadas que acontecem todos ou quase todos os dias.
Pelos fatos ocorridos que eu me recordo, são fatos jamais apagados da minha mente, são fatos que me fazem recordar de momentos felizes que vivi com a minha família e principalmente com o meu avô que me deu uma infância e pré - adolescência de princesa. Assim correram nossas vidas unidas até chegar pessoas que nesse mundo são capazes de destruir uma presa e principalmente suas crias como animais selvagens fazem.
De uma criança mimada, alegre e palhaça para uma menina com sonhos, medo, momentos de tristeza, alegrias e infinitas coisas que uma pessoa possa se tornar quando adulta.


PELÍCULAS DE LEMBRANÇAS

(Texto da aluna Katianne Soares da Silva, 2º ano, Design de Moda, UEG)


É esse sapatinho aí, vermelho e de crochê mesmo, nessa foto eu devia ter um ano e oito meses se não me engano. Não é que ele fosse preferido, também era o meu único. Confortável, flexível e charmoso, presente de minha madrinha. Quase todo mundo já teve um sapatinho vermelho na vida né?!
Bom, essa foto me trás lembranças turvas pela minha idade na época, sei que foram tempos difíceis para os meus pais. A minha mãe havia me aprontado para aquela foto, pois seria a única minha nessa idade, pra guardar de lembrança, ela morre de ciúmes dessa foto!
Nós nunca tivemos muitas condições e é por isso que minha mãe e meu pai sempre se empenharam em nos dar educação. Hoje, estudo por mim e por eles porque quero que se orgulhem de quem me tornarei e também porque quero poder estar ‘’ali’’ quando precisarem.
Foi em casa que além de muita força, eu encontrei apoio para ingressar na universidade e agradeço muito aos meus pais pela dedicação concedida todos esses anos e como também irei querer o melhor para os meus filhos, quem sabe não possa futuramente também investir no ramo de calçados tendo como inspiração esse meu vermelhinho de crochê que já nem existe mais.

DELICADINHA...

(Texto da aluna Lígia Barbosa de Souza, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Há certos detalhes que sempre marcaram minha personalidade, e um deles é o gosto para roupas mais delicadas, com babadinhos, florzinhas e coisas do tipo. Na foto apresentada nesse trabalho, eu estava muito feliz no dia, afinal de contas, era o meu aniversário de quatro anos de idade, e eu havia ganhado uma boneca linda de porcelana da minha madrinha. Na foto, estou no meu quarto com aminha melhor amiga na época, e estava usando aquele conjuntinho jeans básico, que eu amava, e a minha mãe amava ainda mais!
Eu não me lembro muito bem a razão de eu gostar tanto daquela roupa, mas olhando com os olhos de hoje , penso que seria porque era confortável,curto , fresquinho, e claro , cheio de babadinhos brancos e meigos.
A foto me faz recordar os bons tempos de infância, das brincadeiras até tarde na frente de casa, com a minha mãe me olhando da varanda e esperando que eu na fugisse do banho.
A verdade é que os anos passaram, e hoje, apesar de eu ainda amar coisinhas delicadas, acaba que raramente eu uso. No entanto, em meus desenhos de roupas, sempre procuro colocar esses detalhes, já que para mim, usá-los enfatiza a beleza feminina.



O MISTERIOSO “BOCÃO”!

(Texto da aluna Aline Isaias Carvalho, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Essa foto é umas das mais engraçadas que tenho, estava completando 7 anos e na hora dos parabéns, infelizmente, não sei o porquê, abri o “bocão” meio que assustada. Acho que foi para soprar a vela, mas soprar a vela assustada?! Desde então essa foto ficou sendo alvo de curiosidade.
O vestido que estava usando, eu o amava, morria de ciúmes dele, o achava lindo, me sentia uma princesinha. Ele era estampado de florzinha até a cintura e barrado de babado de cetim. Foi escolhido para o meu primeiro recital de teclado e dias depois seria o meu aniversário, e como meu recital foi um sucesso o vestido significava pra mim boas lembranças, logo eu queria usá-lo no meu aniversário.
Hoje, quando vejo a foto, recordo da minha infância, dos meus pais, das minhas amiguinhas. Boas lembranças que me fazem bem.

UM ACAMPAMENTO DIVERTIDO

(Texto da aluna Bruna Carolina Pereira Martins, 2º ano, Design de Moda, UEG)

No momento que eu tirei a foto, com certeza foi um grande momento da minha vida. Essa foto foi tirada em uma fazenda próxima de Goiânia, onde eu estava acampando com o meu grupo escoteiro. As pessoas que estão comigo na foto eram amigos que faziam parte da minha tropa.
É visível o quanto nós da foto estamos sujos de barro! Tínhamos acabados de fazer uma brincadeira em um grande pasto que estava alagado após uma chuva cabulosa.
E a brincadeira era: dividiram dois times, um pra cada lado do pasto lamacento,onde tinha uma linha de marcação no final de cada lado que ao ultrapassá-la com a bola de Futebol Americano, valeria um ponto. Nessa brincadeira, eu levei cada tombo inacreditável! Em certos momentos eu levei uma rasteira quando eu estava correndo com a bola nos braços, resultado, fui deslizando com a bunda e com a cara no chão por alguns metros e comendo barro que estava com um leve cheiro de esterco.
Nessa fase da minha vida de escoteira, eu tinha um tênis da NIKE branco que eu usava pra jogar basquete e ir para o escoteiro e como de costume, levei ele nesse acampamento da foto. No momento da brincadeira do Futebol Americano na lama, nós fomos pegos de surpresa porque onde era o pasto, era meio distante do acampamento, então, ninguém sabia onde estávamos indo nem nada. Quando olhei para o pasto encharcado de lama, eu quis ‘’morrer’’, porque eu estava com o meu tênis preferido que era branco e pra terminar estava com uma meia branca também. Naquele momento, ninguém tinha outra opção além de participar do jogo.
Obviamente eu não ficaria descalça naquele pasto lamacento, jamais! Apenas retirei o meu relógio, anéis e correntes. No início estava com nojo, claro, mais depois esqueci um pouco que estava cheia de barro com o cabelo duro feito pau e curti o momento da brincadeira. No final do jogo eu tinha barro até nos olhos, meus tênis e as minhas meias estavam marrons e tive que dizer adeus aos meus tênis! Os meus tênis, coitados, rasgaram com as quedas e a umidade do barro e da água empoçada do pasto, já as meias, nem salvação tinham, foram direito para o lixo.

RAINHA DA PRIMAVERA

(Texto da aluna Lana Noleto, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Sabe como são as crianças, sonham, vivem no mundo da fantasia, e eu não era diferente. Quando criança gostava de chamar a atenção, não no sentido irritante, mas no bom sentido, do tipo protagonizar os contos de fadas.
No colégio havia sempre risinhos gentis e elogios e em um desses dias a minha professora perguntou se eu gostaria de recitar um poema na festa da Primavera que acontecia todos os anos no colégio. Eu seria a “Rainha da Primavera”.
Disse que sim, sem nenhum questionamento, ela logo se prontificou a explicar o passo-a-passo do que deveria ser feito.
Foi um dia estupendo! Eu vesti um lindo vestido que minha mamãe havia comprado para a ocasião, ele havia saído dos meus sonhos, era exatamente como eu imaginara. Então, chegada a hora, subi no “palco” com a ajuda da professora e recitei um lindo poema sobre a primavera.
Esse dia ficou marcado em minha memória e o vestido deixou de ser usado apenas porque cresci.


UM POUCO DE MIM

(Texto da aluna Jaqueline Monteiro dos Reis, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Essa foto representa um pouco de mim. Do que fui. Talvez ainda seja. Este figurino fui eu que criei, usava-o em apresentações circenses voltadas às crianças carentes.
Nesse período, eu trabalhava na Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia desenvolvendo projetos em prol de crianças carentes, projetos estes que ensinavam de forma lúdica a se cuidarem e preservarem o ambiente em que vivemos.
Analisando bem, estou parecendo um Sonho de Valsa (bombom), olhem a cor do vestido! Os sapatos e as meias foram pintados intencionalmente pra que ficassem diferentes e chamassem atenção (feitos também por mim).
No cabelo eu fiz um suporte de arame para que as tranças pudessem tomar qualquer forma sem se desfazerem.
Guardo com cuidado esse figurino e os demais que possuo, não sei quando os usarei novamente, enfim fazem parte de mim...

terça-feira, 17 de março de 2009

DE BRANCO E ROSA

(Texto da aluna Allyne Marissol de Souza, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Essa roupinha eu usei no dia do meu batizado. Fiquei parecendo uma bonequinha com esse vestidinho branco de fitas cor de rosa, um tecido lindo, meio transparente. Esse vestido foi minha mãe quem comprou especialmente para o batizado, até hoje ele está guardado e super conservado e olha que ele já tem quase 20 anos e vestiu muitas das minhas bonecas.
Quando pequena adorava lavar e passar esse vestidinho e vesti-lo em uma boneca que na época era conhecida como Mamãe-Bebê porque ficava bastante parecida comigo, como fui um bebê de pouco cabelo ficava idêntico.
Ele sempre me chamou a atenção por sua delicadeza e até hoje eu o pego às vezes e fico imaginando por quantos momentos bons eu devo ter passado com aquele vestidinho branco e rosa, esse da foto mesmo em que estamos minha prima e eu. Pena que ela agora está longe de mim e me faz muita falta. Ah, se eu pudesse voltar no tempo!

ECLIPSE

(Texto da aluna Camilla Alves da Paz, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Bom, essa não é uma história difícil de contar, principalmente porque toda vez que acontece o que aconteceu naquele dia, eu volto a me lembrar como se tivesse acabado de acontecer. O fato é que a foto não expressa nem metade do que eu sentia naquele momento, então vou tentar descrever em palavras o que a foto omitiu em imagens.
Nunca escondi segredo de que sou uma apaixonada pelos astros, (principalmente pela Lua), e desde bem pequenininha eu gostava de observá-la como se eu pudesse ver o que acontecia em sua superfície. Eu passava horas e horas olhando as manchinhas e imaginando se seriam vulcões ou montanhas ou lagos, e aquilo me intertia por horas a fio. Diz um ditado oriental que “duas coisas que entram em contato, acabam por absorver seu meio” e eu sinto que realmente foi o que aconteceu comigo, pois numa certa noite, após contemplar a beleza da Lua, acabei dormindo, dormindo um sono tão profundo que qualquer coisa que eu sonhasse parecia tão real quanto a própria realidade. E como já é de se esperar eu sonhei. Sonhei com a Lua, porém, ela aparecia durante o dia (coisa que pra mim, na minha idade ainda era incomum), principalmente, porque no sonho ela tampava o Sol. A princípio tampava apenas um pedacinho, depois foi tampando mais, até que tampou tudo, então só se via a Lua com as bordas brilhosas (devido ao fato de ela ser menor que o sol) e aquilo pra mim era simplesmente incrível e inédito.
Mais incrível e inédito ainda foi acordar no outro dia e apreciar o grande Eclipse que estava acontecendo logo pela manhã, tão idêntico ao que eu havia sonhado que às poucas pessoas que eu contava, custavam acreditar, então só me restou fazer uma coisa: pegar uns óculos escuros e ficar olhando pra cima, até a Lua parar de fazer sombra na terra e tudo voltar ao normal. Durou cerca de quatro ou cinco minutos pra todo mundo, mas pra mim durou muito mais, pois cada segundo daquele eu já havia vivido uma vez (mesmo que ninguém acreditasse), mas lá estava eu, com óculos escuros e muito sorridente (muito sorridente mesmo), tão sorridente que taí, nunca mais me esqueci daquele dia, e nem dos óculos escuros.

RECORDAÇÕES

(Texto da aluna Francielly Soares Leite, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Sempre fui uma criança bem arteira e muito inteligente porque todas as vezes que eu aprontava alguma arte, sempre escapava delas com alguma boa argumentação.
Minha Família sempre esteve no ramo de confecções, cresci nesse mundo, e eu adorava aquilo. Adorava ver os tecidos, as cores e como depois de todo o processo a roupa ficava linda. Esse era meu mundo.
Em um dia qualquer, me lembro sempre da minha mãe contando, toda vez que ela pega essa foto, me lembra da história, foi muito engraçada! Minha mãe me arrumou para sairmos, eu estava com esse conjuntinho jeans, quando eu estava pronta, ela me deixou sentada na cama assistindo desenhos na televisão, meu irmão ficou jogando videogame na sala, enquanto ela foi tomar banho.
Ela havia deixado a roupa em cima da cama, fui ao galpão onde funcionava a confecção, que ficava nos fundos de minha casa e avistei uma tesoura, imaginei fazer algo que eu via todos os dias. Foi então que eu subi em uma cadeira e peguei a tesoura que ficava em cima da mesa de corte.
Entrei em casa, fui até o quarto e comecei a cortar a roupa da minha mãe que estava em cima da cama. Mas não parei por ali, abri o guarda-roupa e as roupas do meu pai e da minha mãe que eu alcancei e cortei todas. Eu estava achando que estava ajudando a minha mãe.
Quando ela saiu do banheiro e viu todas aquelas roupas cortadas, ficou furiosa, começou a brigar comigo e a gritar sem parar. Ela sempre ri quando me conta, que eu virei pra ela e falei:
- Uai mamãe, eu só estou fazendo como à senhora faz!
Ela me conta que ficou sem reação, mas mesmo assim me deixou de castigo por algumas semanas, mas ai nascia a paixão pela Moda, e desde pequena parece que eu já sabia o que eu queria pra minha vida.

A CARROCINHA DO CARNEIRO

(Texto da aluna Denise Martins de Almeida, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Em uma linda manhã de primavera estávamos em casa, na rua passava um homem acompanhado de uma carroça puxada por um carneiro dizendo: “Vamos tirar foto, gente! Traz as criancinhas para tirar foto na carrocinha do carneirinho.”. Rapidamente, minha avó disse para minha mãe levar meu irmão, meu primo e eu para tirarmos uma foto e deixá-la como lembrança. Eu tinha dois anos de idade, estava vestida com um vestido de tricô rosa e uma calça. Minha mãe gostava de vestir-me com essa roupa, não somente essa, mas todas as rosas porque eu gostava de rosa e tinha várias roupas nessa cor.
Eu gosto dessa foto porque estava vestindo uma roupa que eu adorava e aquele momento foi único, hoje em dia, não se vê fotos assim, as pessoas se voltaram para o artificial e bonita é a lembrança que tenho dela, pois foi um momento da minha infância em que adorava tirar foto, apesar de que nessa foto estou séria. Quando vejo as fotos de minha infância percebo como eu era fotogênica, fazia pose, passava batom, de preferência, vermelho. Atualmente, não gosto de tirar foto pelo motivo de não me achar fotogênica, as pessoas mudam.
Meu pai implicava quando minha mãe ia tirar foto da gente, ele ficava dizendo: “Vocês não têm mais o que fazer? Vai trabalhar em vez de ficar tirando foto na rua e gastando dinheiro!”. Minha mãe odiava quando meu pai falava assim, ainda bem que ela não o ouviu e foi tirar a foto. Dessa forma, hoje tenho essa linda lembrança daquele momento.

ANIVERSÁRIO DE TRÊS ANOS

(Texto da aluna Marília Machado Santos, 2º ano, Design de Moda, UEG)

Essa foto foi em um dia muito especial de minha vida, meu aniversário de três anos com o tema de Circo. A comemoração foi em minha casa, onde minha mãe e meu pai só convidaram pessoas especiais, como: familiares e amigos da família.
A roupa que estou usando minha mãe comprou para mim especialmente para eu usar no dia da festa, o vestido não foi para poder combinar com a decoração não, mas acabou combinando um pouco, foi comprado para eu poder utilizar outras vezes também. Minha mãe fala que eu gostava muito do vestido, mal podia esperar ele ficar limpo para poder usá-lo novamente. Foi um vestido muito bem aproveitado, usei até não poder mais servir em mim.
A flor que está de enfeite em meu cabelo também foi comprada para eu usar no dia do meu aniversário, e eu a usei muito tempo também com outras roupas.
O sapato estava combinando totalmente com o vestido, no sapato era branco e tinha três flores de lado rosa, o vestido era branco com rosa e flores bordadas em rosa, e a meia era rosa.
As pessoas que estavam participando desse dia junto comigo, contam até hoje que nunca vira uma menina tão feliz como eu nesse dia. Dizem que eu pulava, corria, dançava e brincava e me divertia muito com as outras crianças que estavam na festa.
Não convidei nenhum amiguinho de escola nessa festa porque ainda não tinha entrado na escola, ainda não tinha começado a estudar. Meus amigos mesmo eram só meus primos e primas, e os filhos e filhas de amigos de meus pais.
Na foto estão primas muitos especiais pra mim, apesar de que estão faltando muitos primos, mas existem mais fotos desse dia com eles. Da esquerda para a direita está: Analyvia no colo da Fernanda, eu, Juliana, Mariana, Rita e Clarisse. É isso nem é um pouquinho do tanto de primo que tenho.
Colocando em base, e olhando as fotos dos outros aniversários de primos meus, todos tiveram festa de circo, isso tem como um costume da família de fazerem festas com o tema de circo ou palhaço.
E vendo as fotos dá até uma saudade e vontade de voltar ao passado, ver a família toda reunida, todos ainda aqui junto a mim. Se pudesse escolher, voltaria ao tempo e fazia tudo do mesmo jeito ou até mesmo melhor para ficar perto de todos os meus parentes, que me fazem mais feliz quando estou ao lado deles.
Só tenho a agradecer minha mãe e meu pai por terem me proporcionado um dia tão bom como esse.

DESDE PEQUENA

(Texto da aluna Suzana de Andrade Silvestre de Lima, 2º ano, Design de Moda, UEG)
Engraçado que quando eu pensei em que foto escolher para o trabalho e fui olhar em um quadro de fotos que eu tenho no meu quarto, nem pensei muito. Foi bater os olhos nessa foto e observar a roupa que eu estava usando, pensei: “é essa foto que eu vou escolher”.
Na foto eu estou usando um vestidinho que com certeza foi a minha mãe que o escolheu pra eu usar, e pra ser bem sincera eu não lembro a ocasião da foto, porém o tal vestidinho me chamou atenção. O vestido que eu uso na foto mistura duas estampas que inconscientemente ou não eu adoro até hoje, que é o listrado e as bolinhas. Não sei por que, mas eu adoro roupas listradas e roupas com estampa de bolinhas, e não importa a cor ou o tamanho das listras e das bolinhas, se eu olhar em uma loja de roupas ou em uma loja de tecidos, com certeza elas me chamam a atenção. Acredito que pela alegria que elas passam, acho estampas muito alegres e divertidas e eu sou uma pessoa muito alegre e até um pouco engraçadinha, e gosto de estampas coloridas, irreverentes e que passem um tipo de humor e fofura, então acredito que as coisas que eu gosto e as roupas que uso, transmitam o que eu sou.
Sou muito espontânea, falante e conversadeira. Desde pequena, minha mãe diz que eu falava pelos cotovelos, brincava o dia inteiro, pulava, era agitada, não parava quieta um minuto e isso se estende até o dia de hoje. Dificilmente as pessoas me vêem triste, calada, ou quieta. Claro que há momentos em nossa vida que é inevitável o silêncio e a vontade de ficar só, mas tenho a felicidade de conseguir me levantar rápido e pronta pra outra. Sou a favor da agitação, não consigo ficar parada, sempre tenho que estar fazendo alguma coisa, cantando, me comunicando e acho que é algo que nunca vai mudar.
Eu acho que o mundo pra mim é muito colorido, realmente listrado e cheio de bolinhas, de vez em quando vem alguém e estraga o dia e pinta o meu mundo de cinza, mas logo vem um outro alguém e traz a alegria de novo e as cores voltam para seus devidos lugares.

MEU VESTIDO DE NOIVA

(Texto da aluna Priscilla Souza Neves Prado, 2º ano, Design de Moda, UEG)


É incrível como um vestido faz toda diferença em determinado momento da nossa vida, quando olho pra esta foto ela me faz recordar lembranças incríveis que vivi. Eu a escolhi porque alem de me fazer sentir diversos sentimentos juntos, ela simplesmente remete a idéia de que determinadas roupas são usadas como tradição, para passagens de rituais em nossa vida e isso o ser-humano leva pra si para sempre.
Casar-me em uma cerimônia religiosa, colocar aquele vestido, ser levada ao altar pelo meu pai e ser entregue a pessoa da qual eu amo foi como me sentir em um conto de fadas, na verdade uma transformação de menina a mulher, da fronteira da fantasia à brusca realidade. É como se aquele vestido atingisse o ápice do nosso coração e remetesse a idéia de coragem, ímpeto, aquela inquietude que parece tomar conta da gente minutos antes da entrada na cerimônia de casamento, e depois se torna uma paz, alegria e liberdade. Nesta hora você se sente segura de si e brilha perante todos os convidados como se todos aguardassem um só momento a sua entrada. Mas não são apenas momentos durante a cerimônia, mas também durante a escolha do vestido.
Pude compartilhar com a minha mãe e minha avó cada momento de felicidade, demos longas risadas e nos divertimos muito até escolhê-lo. Foram deliciosas tardes de andanças da qual descobri que esse vestido foi o motivo de encontros emocionantes entre histórias de três gerações, e bom saber que quando olho pra esta imagem consigo obter lembranças tão maravilhosas, me emociono e recordo que a vida pode ser cheia de encantos e belezas presentes até mesmo dentro de um vestido, um vestido de noiva.

segunda-feira, 16 de março de 2009

NESTA DATA QUERIDA!

(Texto da aluna Claudia Regina Cordeiro de Brito, 2º ano, Design de Moda, UEG)
Nessa foto, eu (à esquerda), estou usando um macacão floral, o qual eu gostava muito. Este macacão foi feito por minhas próprias mãos e gostava muito de usá-lo, pois me sentia muito bem, bonita e elegante.
Sempre gostei muito de estampas florais porque elas me provocam uma sensação de alegria e jovialidade. Também, gosto muito de macacão, apesar de não mais usá-los por não possuir mais um corpo adequado a isso. Por acreditar que macacão é mais indicado para pessoas bem magras e altas, dando um ar muito elegante a estas pessoas.
Usei este macacão durante muito tempo, depois resolvi reformá-lo, então recortei o gavião e cortei o comprimento das pernas transformando-o em um vestido. Usei este vestido, também, por um longo período até que ele viesse a acabar. Guardei, então, as pernas do macacão durante muito tempo, pensando em aproveitar o tecido, que era grande, pois o macacão era do modelo “pantalona”. Pensava em fazer dele uma blusa ou outra peça qualquer porque gostava muito daquela estampa. Este projeto nunca se realizou e acabei jogando fora aquele pedaço de tecido.
Porém, volta e meia me pego pensando naquele retalho e sempre me vê uma idéia do que eu poderia fazer com ele, se ainda o tivesse. Há poucos dias estive em um brechó próximo de minha casa e lá vi uma peça de roupa com a mesma estampa, porém com tons diferentes, senti vontade de comprá-la para talvez reformar fazendo outra peça, acabei não comprando por ter receio de comprar roupas usadas. Ainda tenho esperanças de talvez um dia encontrar uma estampa igual, na vida tudo é possível.
Agora revendo esta foto recordo-me de um tempo bom que não volta mais. Pode então perceber que esta roupa representa uma época feliz de minha vida, tempo que meus filhos eram pequenos e alegrias. Tempo em que eu tinha um casamento feliz, tempo no qual eu freqüentava muitas festas e fazia muitas viagens. Inclusive esta foto foi tirada em uma data querida, em uma festa de aniversário durante uma viagem à Rio das Ostras-RJ. O mundo da muitas voltas!

MUDANÇA DE VIDA

(Texto da aluna Joana D. Silva, 2º ano, Design de Moda, UEG)


Nessa foto, eu e meu marido tínhamos acabado de chegar de uma viagem de Pirenópolis, minha filha não tinha ido conosco, ficou na casa da minha mãe. Foi a primeira vez que passei quatro dias longe dela, estava com muita saudade.
Quando descobri que estava grávida, fiquei confusa e muito assustada com tantas mudanças no meu corpo e em minha vida, mas o tempo foi passando e fui me apaixonando cada vez mais por ela, até que se tornou um amor incondicional. Hoje ela é a minha vida, não consigo mais me ver sem ela.
Sou casada há sete anos com o pai da minha filha, ele é um pai e marido maravilhoso e somos uma família linda e feliz.

domingo, 15 de março de 2009

FAVORITA

(Texto da aluna Rebecca Ramos Andrade, 1º ano, Design de Moda, UEG)
Era 17 de maio de 2006, eu estava num passeio do colégio aos Castelos de Freud de Melo em Aparecida de Goiânia. Como ia caminhar por todo o lugar, resolvi vestir uma roupa mais adequada a esse tipo de exercício: uma regata que na época era nova, uma bermudinha confortável e um tênis de caminhada.
Bom, a regata que eu estava usando era bonita e básica, vai bem com qualquer coisa e até hoje eu a uso bastante, ela já está meio transparente de tanto eu usar, mas eu me sinto extremamente confortável, segura e feliz.
A bermuda, na verdade, era uma calça que eu usava muito, porém estava cansada dela e por isso resolvi cortar e fazer uma bermudinha que ainda usei por muito tempo, usava para ir a qualquer lugar em que fosse adequado usá-la.
Estava usando também um boné que ganhei uns meses antes do passeio, e que adoro e continuo usando-o até hoje.
Nessa fazenda onde ficam os castelos, há também uma réplica da arca de Noé e os castelos são inspirados nos castelos medievais da Europa, é um lugar lindo, muitos casais vão passar a lua de mel nessa fazenda.
Essa foto me faz recordar de um dos melhores passeios que o colégio me proporcionou, foi um dia muito bom porque eu estava com pessoas que são minhas amigas até hoje. Como já disse, a regata que estava usando, eu continuo usando e abusando dela, minha mãe até fica implicando comigo porque a blusa já está quase transparente e ela não quer que eu a use mais.
Essa roupa esteve comigo em várias outras ocasiões e sempre deu muita sorte, é como se ela também fosse um talismã e vai continuar comigo enquanto eu possa vesti-la.

APEGOS DE CRIANÇA

(Texto da aluna Andressa Augusta Pagotto Mendonça, 1º ano, Design de Moda, UEG

Há exatamente doze anos, nos meus cinco anos de idade ganho o meu primeiro All Star. Como dizia minha mãe foi amor a primeira vista. Lembro de poucas coisas dessa época e uma delas é que esse tênis não saía mais de meus pés, independente da roupa, lugar, e hora, era sempre com ele.
Com desenhos diversos e de cor rosa, como toda garotinha, era apaixonada pelo rosa, o que fazia do tal All Star se tornar inseparável e de certa forma inesquecível também. E hoje acho que é uma das coisas que eu já não usaria, não combina comigo mais.
Digamos que naqueles tempos a moda era bem diferente. A roupa é uma das coisas que me impressiona também, quando olho para a foto dou inúmeras risadas e fico me perguntando como minha mãe colocava tais roupas em mim.
Quando o tênis já não servia mais ainda não queria me separar dele, usava em minhas bonecas, ficava enorme, mas eu sempre achava lindo. Até que um dia minha mãe resolveu doá-lo, não queria permitir isso, mas acabei me acostumando com sua ausência.
Vejo como as coisas mudaram, como os gostos e o tempo modificam as pessoas. As tendências, ou melhor, a mundo da moda evolui de forma acelerada e tento acompanhá-la porque um simples acessório faz a diferença e através destes e das roupas podemos mostrar um pouquinho de nós.
Hoje sei que pequenas coisas ou pequenos detalhes por menores que sejam pode tornar qualquer coisa diferente e transformá-lo até mesmo em uma peça muito especial.

MINHA INFÂNCIA

(Texto da aluna Alline Lourenço Pio, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Quando criança eu amava vestidos, sendo que esse da foto era uns dos meus preferidos. Eu me sentia muito bem com esse vestido, e gostava de ficar rodando-o para dar volume à saia dele, foram momentos muito bons da minha vida, pois quando criança eu pensava somente em brincar e ser feliz. Sinto muita saudade das minhas amigas daquela época, em que não havia discussão entre nós e compartilhávamos o que tínhamos, brincávamos muito e eu realmente era muito feliz.

Lembro que eu tinha o cabelo grande e um dia, fui à casa de minha madrinha e entrei no banheiro e avistei uma tesoura, imagina, eu peguei a tesoura e cortei um cachinho que eu achava bonito e minha mãe teve que cortar todo o meu cabelo. Nossa! Queria saber o que eu estava pensando na hora que cortei meu cabelo, e é por causa desse acontecimento que eu estava de cabelo curtinho.
Foi muito bom fazer esta atividade, pois recordei de um momento de minha vida meio esquecido, mas que me fez ser a pessoa que sou hoje, que aproveitei minha infância ao máximo, que fiz tudo o que vinha em minha cabeça, e hoje sou uma pessoa sem frustrações que tive momentos maravilhosos de que sempre vou recordar com alegria e prazer.

NOITES ENCANTADAS

(Texto da aluna Gleidcileia Rosa, 1º ano, Design de Moda, UEG)


Quando se é criança, tudo parece mágico, e simples momentos viram grandes acontecimentos, comigo, não foi diferente. Escolhi esta foto, porque era a roupa que eu mais gostava de usar, onde o meu mundo lúdico ficava ainda mais em evidência. Cada casamento em que era convidada a ser dama, me deixava com uma grande expectativa, então, eu contava os dias até chegar a escolha e a prova do vestido, e mais, o grande dia do casamento.
Eu sempre imaginava como seria, como eu ficaria naquele lindo vestido, que mais parecia um vestido de princesa, ou até mesmo de Cinderela, planejava tudo nos mínimos detalhes, nada podia falhar, o meu cabelo, minhas unhas, a maquiagem e é claro, o meu vestido.Nos ensaios, sempre tentava fazer o melhor e o mais real possível.
Após alguns dias, faltava pouco para o espetáculo, então eu levantava bem cedo, e já começava com as preparações. Primeiro o cabelo, que era todo preso em cachinhos, depois as unhas que eram feitas, já estava na hora do almoço, algum tempo depois, já era hora de maquiar, soltar os cabelos e colocar o arranjo e finalmente o vestido e então, tudo se transformava. O engraçado era que tudo sempre acontecia da mesma forma, pois sempre quem me produzia, era a minha mãe. O vestido variava um pouco, mas sempre parecia a primeira vez.
Hoje, já tenho 26 anos, e sou mãe de duas filhas. Às vezes, vejo atitudes nelas, que me fazem lembrar a minha infância, como a espera da minha filha mais velha, que daqui a alguns dias vestirá o seu primeiro vestido de dama, Cinderela ou será de Barbie...


Lembranças de minha infância

(Texto da aluna Cláudia Barbosa do Lago, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Simples. Saia rodada, com um lacinho na cabeça, usando suspensório, meias suspensas. Mamãe sempre com todo capricho, me enfeitava toda e me deixava uma boneca. E era disso que eu gostava. Isso me fazia lembrar alguém que me inspirava sempre quando estava vestida assim: Emília do Sítio do Pica – Pau Amarelo. Pensava ser uma pessoa famosa, vestida daquele modo. Cantava as músicas e me imaginava uma grande artista, vivendo muitas aventuras e cenas atrapalhadas. Jurava-me ser uma estrela da tevê.
Pulava, girava e brincava, pelo simples fato de ser uma saia rodada, que com tantos pulos e giros, se desnorteava para lá e para cá. Coisa de criança, mas que para mim se tornava cada vez mais especial e mais eu.
Recordações sem fim, de uma época marcante. Me sentia sempre importante e sempre estava com esta que era a minha preferida. É incrível como até hoje eu ainda penso nela. Ficou marcada para sempre em minha memória. Incrível também é que quando criança as coisas que imaginava sobre o que estava vestida me fizeram obter mais criatividade e independência na época e isso ficou refletido hoje. Realmente uma história da minha infância, que se passou em um dos melhores momentos de minha vida.
Lembro-me de um fato não muito interessante, mas que me marcou muito, porém, não sei o porque disto. Estava eu brincando em um playground, (se não me engano era véspera de natal) toda cheia de poses e esperando para tirar fotos, brincando, mas, de repente, um pai de uma criança, colocou o filho em minha frente e ele acabou saindo na foto, juntamente comigo e eu distraída com ele. Acho que me recordo bem desse momento, pelo fato de ter sido com a roupa que eu tanto gostava e me via feliz dentro dela.
Não pela situação, muito menos pelas fotos, mas por poder estar vestida com ela, que tanto me satisfazia e me deixava super realizada. Criança quando tem uma coisa em mente, cresce com aquilo e jamais esquece, tenho certeza que foi por esse motivo que até hoje está guardada e creio que estará para todo sempre em minha memória.

sábado, 14 de março de 2009

A FORMATURA DO SEGUNDO GRAU

(Texto da aluna Kênia Natacha Carvalho Garcia, 1º ano, Design de Moda, UEG)


Aqui estou eu tentando redigir um texto em primeira pessoa. “Narrativo”, disse a professora.
Narrar é contar? Para mim é relembrar um monte de emoções esquecidas e olhar para essa foto é me lembrar da minha primeira vitória, nunca tinha tido a uma festa e aquela seria a minha primeira: a de formatura do segundo grau – enquanto existiam milhões de brasileiros iguais a mim, que infelizmente não sabiam ler e escrever – pensava eu com tristeza.
Minha mãe dizia: “Valoriza minha filha, valoriza a chance que Deus te deu!”. Essas palavras vindas de alguém que tinha somente a 3ª série primária tinham um peso enorme para mim naquela época. Eu era a primeira esperança dela de ter um dos filhos “estudados”, ela dizia. Recordo a imensa sensação de vitória, gastei tudo o que tinha nas roupas da colação de grau e nesse vestido que escolhi branco, de renda, “da melhor qualidade”, dizia a costureira e o sapato “de marca, caríssimo”, dizia minha mãe.
Esse vestido foi confeccionado por uma das melhores costureiras de Goiânia, que era mãe de uma grande amiga minha e cobrou quase nada. Quando o vesti me senti uma noiva, uma princesa! Mas tinha um grande problema: quem ia dançar comigo a valsa? Eu não tinha nenhum namorado, nem um paquera. Então, peguei o primeiro irmão de qualquer amiga minha e fui para o baile. O coitado do rapaz se encantou por mim e levou um “fora” depois da festa, ficou muitos anos sem falar comigo. Depois tudo ficou bem, fizemos as pazes. Foi um grande sucesso meu vestido de cetim e renda branca, a combinação com o sapato prata era para dar sorte à vida inteira. Recordo-me também que a festa tinha um sabor diferente, meu coração batia descompassado, todo mundo queria dançar com o professor de Matemática, menos eu, que queria festejar apenas.
Ainda hoje, quando olho para essa foto, fico pensando no poder que a roupa confere ao espírito humano, o simples ato de estar (ou me sentir) bem vestida, “na moda”, como dizem, me fez ser a mais sorridente, engajada com a turma, tirar foto com todos os professores, amigos e me sentir muito feliz.
Guardo essa foto desde 1992, volta e meia me lembro de como foi lindo tudo vivido naquele colégio público, foram os melhores anos de minha vida, nem depois no curso de Processamento de Dados, da faculdade de Ciência da Computação, interrompida pela falta recursos, eu me senti tão feliz.
Então, decidi que vou fazer um vestido de renda branca para a formatura deste curso, para me dar muita sorte e às minhas futuras clientes se sentirem felizes com as roupas que eu criar, como eu naquela festa com aquele vestido.

ENTRE O SUTIL E O BIZARRO

(Texto do aluno Ricardo Aurélio Bandeira de Araújo Barsanulfo, 1º ano, Design de Moda, UEG)


Meados de 2004, a evidência fashion entre os adolescentes de 13 a 15 anos era o estilo gótico com todas as suas vestes e sombras e utopias – essas últimas não tão valorizadas assim. Mas ainda tinham aqueles que preferiam ficar de fora dessa tendência, assim como eu, e adotar algum outro estilo qualquer.
Nesse meio tempo de escolha do que usar, do que vestir e escolher quem sou, o que eu queria transparecer para a sociedade, minha mãe me sugeriu a idéia de um piercing. Em primeira instância, adorei a idéia, mas logo depois pensei: “não quero um piercing comum”, pra mim tinha que ser algo que as pessoas ainda não estavam muito acostumadas, daí me veio à cabeça:
– Pra que um piercing sendo que eu posso colocar três de uma vez? E assim eu fiz...
Em um belo dia apareci com três piercings de uma vez só, muito contente por ter conseguido fazer “algo diferente” da grande massa. A reação dos professores do colegial não foi das melhores:
– Como uma mãe deixa um garoto de 14 anos fazer uma coisa dessas com seu rosto?!
Mas ninguém ficou tão preocupado quanto minha mãe:
– Tira isso da sua cara agora!
Na verdade, poucos meses depois eu coloquei mais quatro: um do freio da língua, um na língua, um na sobrancelha e um no meio do lábio. Talvez eu quisesse somente aparecer, chocar a sociedade à minha volta, ou apenas estava fazendo o que eu queria e não o que me mandaram. Mas logo depois, a grande massa aderiu aos vários piercings e todos os meus perderam a graça pra mim, enquanto viravam tendência pra eles.
Então acabei tirando a maioria deles, o lado bom é que ninguém me chama mais de pára-raios ou penduricalho, ou qualquer outro nome agressivo. Ainda hoje possuo um pequeno piercing no freio do lábio superior da mina boca, pois descobri que eles fazem parte do que eu sou no momento; algo que talvez mude com o tempo, mas enquanto isso, fico nessa extremidade entre o sutil e o bizarro.

TODAS ESTRELAS

(Texto da aluna Anny Priscilla Silva Ribeiro, 1º ano, Design de Moda, UEG)



– Sim, hoje podemos sair para comprar seu presente de aniversário. Onde vamos?
– Em uma loja de calçados.
– Nossa filha, você é compulsiva como eu por causa de sapatos, credo! Já tem em mente o que
vai querer?
– Já sei sim, quero um All-Star novo!
– Mais um? Anny Priscilla, você já é uma mocinha, não tem um sapatinho assim mais feminino pra ir a um casamento. Já tênis você tem um milhão e ainda...
– Mãe, eu só tenho 7 All-Stars e nenhum é verde e além do mais...
Essa sou eu e minha mãe em mais um de nossos diálogos sobre um pequeno vício meu... All-Stars, todas as cores, cano baixo, cano médio, cano alto e cano altíssimo. Sei que foi com um desses no pé que dei meus primeiros passos. Não tento esconder de forma alguma essa paixão, na realidade é bastante perceptível, pois já faz parte de minha identidade.
Não se pode dizer que é algo recente, mas seria um crime chamá-lo de antiquado ou démodé, pois até hoje ele faz a cabeça (ou melhor, os pés) de nossa geração. Minha mãe conta que pequena eu nunca fui de calçar os sapatos de salto dela como a maioria faz nessa fase, no entanto, eu sempre colocava nos pés um par de All-Stars velho de meu pai e desfilava pela casa.
Bastante diferente do comum fui também por não abrir mão deles em nenhuma fase de minha vida como é de costume a fase do saltinho, a fase do sapatinho de bailarina e por aí vai. Sempre gostei e, como todo bom All-Star, quanto mais velho melhor!
Conforto, praticidade e como diria uma propaganda antiga (All-Star, fácil de calçar). Influência da mídia e para mim a principal influência, Kurt Donald Cobain, meu maior ídolo é adepto ao calçado. A mais brilhante mente que já colocou os pés nessa terra calçava um All-Star. Por que não imitá-lo? Foi em uma dessas tentativas de imitá-lo que eu fiz meu primeiro tênis customizado. Desenvolvendo minha percepção para a customização e para a possível criação.
Por esse motivo me veio em mente a possibilidade de fazer moda. A vontade de criar algo que assim como meu sapato favorito, trouxesse conforto para alguém. Desde então esse passou a ser um sonho pra mim que me impulsionou e estar hoje aqui em uma universidade estudando moda, pois foi com ele que percebi que eu poderia mudar qualquer coisa e sempre deixar minha marca.
Posso perceber hoje em dia que All-Star faz parte de minha personalidade, pois acompanhou a Anny Priscilla bebê, a Anny Priscilla criança, a Anny Priscilla adolescente, está acompanhando a Anny Priscilla jovem e irá acompanhar a Anny Priscilla adulta e idosa, pois é quase que minha segunda pele.

O VESTIDO IDEAL

(Texto da aluna Anna Carolina Frattari Carneiro Silva, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Esta foto não é muito antiga, porém, gosto muito deste vestido pelo fato de marcar a cintura, e também pela estampa que ele possui. Por meu corpo não ter uma cintura bem definida, prefiro roupas que modelem a cintura ou blusas mais soltinhas, como as batas. Tenho preferência pelo estilo mais clássico, um pouco mais sofisticado, e que não deixe a pessoa vulgar e nem mesmo mostrando o que não deve ser visto, como por exemplo, as “gordurinhas extras”.
Esse vestido me traz um pouco do que procuro, dando um ar mais delicado e ao mesmo tempo sensualidade por ser um mini-vestido. O brinco que estou usando também é um ótimo acessório, podendo ser usado com vários tipos de roupa, ele tem um estilo bem moderno com formato longo, que é ideal para meu tipo de rosto, arredondado. Já as pulseiras, estou usando dois modelos diferentes, duas que têm detalhes de strass e estão nas laterais, a outra tem furos em formato bem parecido com a estampa do vestido.
O estilo de cintura marcada que estou usando no vestido, surgiu na década de 50 onde a mulher se tornou mais glamourosa, isso ocorreu também pelo lançamento dos looks de Christian Dior, em 1947, o chamado New Look, o mais impressionante foi que essa moda foi muito bem aceita pelas mulheres naquela época pós-guerra, pois, o que elas mais desejavam era um toque mais feminino e sofisticado.
Usei esse vestido para ir a uma boate e em outras ocasiões, como um bar mais sofisticado, happy hour e ao aniversário de uma amiga. É um vestido bem versátil, que me proporciona usá-lo em diferentes ocasiões.



A FELICIDADE EM SIMPLES FORMAS: MODA, SORRISOS E OLHARES

(Texto da aluna Thays Florencio Moura, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Era uma manhã ensolarada do dia 19 de setembro de 1994, minha mãe havia colocado em mim uma de minhas roupas preferidas – um lindo conjunto jeans com detalhes em brim de cores alegres – o que eu mais gostava é que fazia parte do conjunto uma pochete preta que era bem parecida com aquelas apresentadas por Marc Jacobs para sua marca mais acessível: a “Marc by Marc Jacobs” da coleção 2008.
Estas indumentárias costumam aparecer como se fossem pequenas bolsinhas agregadas aos cintos, porém, para mim não era apenas uma pequena bolsinha, algo nela me deixava encantada. Não sei se pelo fato dela ter pequenas flores, ou se porque independente da forma que eu brincasse, ela nunca caía, estava sempre ali junto ao conjunto o que me trazia segurança, pois sabia que ali eu poderia guardar pequenos objetos e ter certeza que não iria perdê-los, a não ser que alguém a pegasse. Isso fazia com que eu tivesse o maior cuidado com pessoas “desconhecidas” que se aproximavam – eu estava sempre com a mão sobre a pochete.
Nesse dia, fui com a minha mãe ao parque – um lugar maravilhoso pra se estar naquela época – foi um dia lindo, tirando pelo horrível fato de que o meu sapatinho (lindo) ficou cheio de areia. O parque era ótimo, mas foi péssimo calçar o sapato com o pé cheio de areia, claro que a maioria das crianças nem se importa com isso, mas eu sempre tive um lado meio fresco, então, incomodou muito e por causa deste incômodo quase fiquei sem o meu sapatinho preferido, um adereço um tanto comum naquela época. Era raríssimo encontrar uma garota que não tivesse um sapato naquele modelo.
Olhar para a foto tirada nesse dia me traz belíssimas recordações, como o fato de que minha mãe sempre me vestia super bem e isso acabou despertando o meu interesse não só por vestir moda, mas por ela num todo, desde sua história até a criação da mesma, a forma com que os estilistas utilizam fotos, arquivos, contos e até mesmo obras de arte para transformar em novas obras artísticas. É simplesmente maravilhoso!
É incrível como o “nada” pode ser transformado em maravilhas. A moda é uma arte inigualável, pois é capaz de transformar. Quando se olha uma foto antiga é fácil de perceber a mudança, as roupas que usávamos acabam servindo de referência para aquelas que ainda vamos usar, isso desperta a curiosidade e a vontade de criar, de transformar.
Uma roupa como a minha em 1994 poderá ser combinada com uma de 2024 e dar origem a uma nova peça, e é essa a magia da moda. É uma arte que transforma simples expressões em roupas, sapatos e os mais diversos acessórios e estes são novamente transformados em novas expressões.
No meu caso, uma combinação do tradicionalíssimo jeans, com pochete e sapatinho preto com meias ¾: o estilo bonequinha da época – um tanto marcante na minha vida, pois a cada vez que olho a foto sinto mais e mais vontade de criar e de ver outras tantas garotinhas e mulheres usando as roupas que vão sair da minha cabeça. E dessa forma, ter em cada roupa que eu criar um “pedacinho” do meu coração. E isso com certeza me levará para a mais alta das felicidades nas coisas mais simples de diversas formas: na moda, em sorrisos e em olhares que trarão a mim a satisfação de poder agradar outras pessoas.
Hoje, depois de muitos anos, recoloquei minhas idéias no lugar, tenho um estilo que não tem nada a ver com o que eu tinha antes. Meu estilo é hoje romântico, uso cores mais claras e às vezes, escuras, mas looks que acompanham tendências dentro do que sou.



FOTO PARA UMA LEMBRANCINHA

(Texto da aluna Suimêy Apolinário da Costa, 1º ano, Design de Moda, UEG)


Nesta foto não estou utilizando apenas um objeto que gosto, mas sim dois, o primeiro é este vestido vermelho de manga fofa com um babado branco todo bordado com flores e morangos, o segundo é o arranjo de cabelo todo de botões de rosas vermelhas que amava usar, porque sempre que usava este arranjo minha mãe amarrava o meu cabelo para cima e os cachos ficavam lindos. Naquela época, utilizava bastantes arranjos de cabelo de flores em crianças, hoje a moda de flores no cabelo voltou, porém modificada, usa-se apenas uma flor e utiliza-se no cabelo de adultas também.
Essa foto foi tirada para ser a lembrancinha do meu sétimo aniversário em 1996. Recordo-me que no dia em que fui tirar essa fotografia, minha prima foi quem me levou ao estúdio, mas antes de tirá-la fomos primeiro ao serviço dela.
Lembro que ela trabalhava na editora Abril que ficava no shopping, o chefe dela chegou e ela disse: “Su”, vai e se esconde porque se ele te ver aqui, vai brigar comigo”. Eu segui as recomendações dela e me escondi, porém não disse a ela aonde eu iria me esconder e o horário dela já estava se acabando e eu nada de aparecer.
Quando resolvi voltar para a loja, ela já se encontrava fechada e eu então me desesperei porque não conhecia ninguém, não sabia ir embora e nem tinha o telefone de ninguém.
Rodei o shopping inteiro atrás da minha prima e não a encontrei, já chorando, pedi ajuda a um segurança e ele vendo o meu desespero me comprou um sorvete para me acalmar enquanto ele procurava a minha prima. Foi nessa hora que o sorvete caiu no meu vestido e o manchou, foi nesse momento também que a minha prima me encontrou, no entanto, ela levou o maior puxão de orelha por deixar uma criança de seis anos sozinha no shopping. E eu levei outro por manchar o vestido de sorvete e é por isso que nessa foto eu seguro um ramalhete de flores, para tampar a mancha do vestido.
Na hora foi constrangedor porque todas as fotos tinham que ser tiradas de lado ou segurando algo que tampasse a mancha, mas hoje essa história e essa foto arrancam muita gargalhada de toda a família.
Essa é a história dessa foto que foi tirada em 13 de agosto de 1996 para a minha festa de aniversário, que foi muito legal porque foi contada a toda a família que perguntou o porquê de todas as fotos terem sido tiradas de lado e segurando algo.

REFLEXOS DA MODA

(Texto da aluna Jéssica Oliveira Sales, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Certa vez relembrando fatos do passado, revi fotos antigas. Fotos que mostram momentos de minha infância e de como eram as vestimentas na época. Iniciando pesquisas sobre moda e a influência dela na vivência das pessoas pude relacionar isso com o teor das fotos.
Na virada do século XIX para o século XX a cintura fina e o cabelo preso no alto da cabeça, aliadas ao espírito esportivo moderno da época, que era andar de bicicleta, foram um referencial para a década. Ao atentar mais aos detalhes da roupa e acessórios que usava, pude então associar as constantes transformações e interferências da moda em nossa vida atualmente. Como era um passeio durante o dia, as mães costumavam vestir seus filhos com trajes confortáveis, para que pudessem se divertir com mais comodidade e para amenizar o calor, os cabelos eram presos.
A partir do surgimento desse novo penteado, que se consolidou como estilo básico e bastante usado para prática de esportes, devido ao clima, com o passar do tempo foram criadas presilhas e pequenos acessórios, para dar um toque mais elegante e charmoso, as fitinhas também sofreram transformações, servindo de adereços também para as mulheres da alta sociedade. Podemos notar que há uma ligação em relação ao comportamento, contexto histórico-social e movimentos artístico-culturais que contribuem para criação e introdução de especiarias em uma determinada comunidade.
Em virtude desses fatos descritos, ao analisar detalhadamente o contexto de cada criação, podemos notar a presença de fatos históricos marcantes que influenciam grandemente nossos hábitos diários, principalmente, a maneira de nos expressarmos visualmente, através de roupas e acessórios, seguindo padrões estabelecidos. Concluindo que através da moda adquirimos amplo conhecimento de épocas passadas e fazendo o ressurgimento de seu contexto na sociedade moderna. Inovando e adaptando conforme a personalidade de cada pessoa, tendo como inspiração retratos pessoais e imagens ricas em belezas naturais que exprimem valores culturais.
A história está completamente relacionada à moda, é uma oportunidade de compreender as diferenças sociais e adquirir sensibilidade à arte, mantendo um bom relacionamento com movimentos revolucionários de décadas passadas, trazendo argumentos para o presente e assim criando novas possibilidades para o futuro.

A MODA EXTERIORIZANDO A PERSONALIDADE

(Texto da aluna Nayara Batista Vilela, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Na foto estou no Bosque dos Buritis e a escolhi porque nesta ocasião usava uma roupa que gostava muito, um macacão. O macacão entrou para a história na década de 1940, como uniforme para os trabalhadores. Nos anos 1960 foi recriado por grandes estilistas nas passarelas do mundo com toques especiais em formas e cores diferentes, além dos tamanhos que também variavam desde o curto até o longo. Mesmo depois de recriado para ser usado no dia-a-dia, o macacão não perdeu suas características no jeans e é justamente ele que eu uso nesta foto, eu tinha oito anos de idade e como qualquer criança gostava de roupas que me dessem agilidade e conforto.
O modelo em discussão foi justamente recriado para servir a este tipo de público que desejava roupas que lhe dessem este tipo de conforto, nada de apertos e nada de sair moda. Para tanto, após terem voltado com este tipo de roupa no jeans, deram forma ao macacão nas malhas estampadas ou não, e hoje, após tantas vezes ter feito a cabeça das mulheres e dos homens no mundo todo, ele está de volta para o verão 2009 cheio de charme e cores. O macacão não pode deixar de fazer parte do seu look. Seja para crianças, adolescentes e adultos, ele estampara vitrines do mundo todo seja para ser usado durante o dia ou durante a noite.
As roupas de um modo geral servem para exteriorizar aquilo que somos ou aquilo que sentimos, em fase de adolescência é comum que garotos e garotas usem roupas descoladas dotadas de estilo próprio. Como a personalidade está sendo formada, no meu caso, usava uma roupa que é sempre símbolo de irreverência, o macacão jeans. Meus pais tinham acabado de se separar e eu passava por duas transformações: não era mais criança e também na era adulta, era pré-adolescente e tinha acabado de perder minha estrutura familiar, dessa forma, minha roupa exterioriza meu estado de espírito, já que uma época conturbada pede sempre para nosso cérebro uma roupa irreverente.

A MODA DO TAMANHO DA INFÂNCIA

(Texto da aluna Aldina Gomes Ferreira, 1º ano, Design de Moda, UEG)


Como se não bastasse atender ao pedido de minha mãe para tirar algumas fotos, ainda tive que me produzir para tal ação.
Não me recordo muito bem o dia em que foi registrada esta imagem, mas me lembro que o vestido que usei minha mãe havia mandado fazer, naquela época eu não tinha muitos vestidos, mas sempre gostei do modelo “quase princesinha” dele. O tecido floral com cores claras, as manguinhas bufantes e uma guirlanda branca com lacinho rosa em volta do pescoço, dá saudades daquela época.
Nessa foto está em bastante evidência uma sandália fechada trançadinha em prata, que eu também gostava muito, lembro-me até de, algum tempo depois do episódio da foto, encontrar a sandália dentro de uma mala totalmente retro.
No cabelo, eu era loira e tinha lindos cachos, usava uma presilha feita à crochê de linha rosa, no formato de um mini chapeuzinho. Depois disso meu pai cortou meu cabelo e ele nunca mais cacheou.
Gosto mais do figurino do meu irmão na foto, estilo praia, calçado em um tênis que até hoje tenho vontade de ter e usar.
Foi uma época bastante legal, morava eu e minha família em uma rua estreita, só se via a molecada correndo pra lá e pra cá.
Entendo hoje que sempre é válido registrar bons momentos, que assim, ao revê-los, voltamos ao começo de uma história e fazemos dessa história um motivo a mais para continuar vivendo e trilhando nosso caminho.

FOTO E INDUMENTÁRIA

(Texto da aluna Roberta do Espírito Santo Nestor, 1º ano, Design de Moda, UEG)

A foto foi tirada no ano de 2000. Eu tinha apenas 10 aninhos de idade, foi em uma festa junina, a minha família estava junto comigo assistindo as apresentações e em uma delas meu irmão havia participado e por isso tiramos a foto. Hoje ela serve como recordação daquele momento, possibilitado que eu veja as roupas e assessórios que eram utilizados por mim.
No dia em que tirei essa foto eu estava com um prendedor de cabelo de cor verde, naquele tempo meu cabelo era mais liso, então a minha franja ficava mais de lado. Eu gostava e ainda gosto de vez em quando utilizar assessórios no cabelo, penso que visualiza melhor o penteado.
Os outros modelitos são: uma camiseta, e no centro dela havia uma estampa, a imagem de um anjinho em cima de um avião; uma calça mais ou menos justa nas pernas que tinha também uma imagem, de um lado, uma gatinha que observava borboletas. Eu me recordo muito bem, pois eu gostava muito desse conjunto por ter sido presente de aniversário.
Eu estava utilizando uma bota preta de cano baixo e salto médio, não por que eram uma festa junina mais por eu gostava muito de usá-la, gostava tanto que fora essa tive outra idêntica. Não sei se estava na moda, mas acredito que não estava também tão fora de moda assim. Porém eu me sentia confortável com ela, me sentia a tal. Ah, eu gostava muito também era de usar batom de cores escuras o meu predileto era o de chocolate e até hoje gosto dessa cor. Apesar da idade ser 10 anos e a roupa infantil eu pensava que já era uma moça de 15.
Era muito bom esse tempo. Eu não tinha tantas responsabilidades, tantas preocupações como tenho agora. E, isso passou e ficaram apenas lembranças. Ainda mais revendo esta foto, uma das raras que tenho de quando eu era mais jovem.
Indumentárias que têm vários significados para mim, como o tempo de ginásio, tempo de roupinhas de bonecas, que juntos formam momentos de minha infância.

MINHA INFÂNCIA E MINHA DECISÃO SOBRE QUE CURSO FAZER

(Texto da aluna Thatielly Flores Ferreira, 1º ano, Design de Moda - UEG)


Meu nome é Thatielly Flores Ferreira, atualmente tenho 18 anos, mas nesta foto eu tinha apenas 3. Eu estava vestida assim porque eu ia tirar fotos no Fujioka e em seguida ia passear. Sempre gostei de macacão, roupa cor de rosa e enfeites para o cabelo. Amava usar aquela roupa porque sempre me fazia sentir bem, me deixava muito feliz e à vontade.
Era manhã de sábado, eu estava dormindo profundamente quando minha mãe me acordou. Disse-me pra levantar, porque iríamos sair, então, ela ia pegar uma roupa para que eu pudesse vestir, mas eu pedi para que ela me deixasse escolher.
Depois de pronta, fui à casa dos meus avôs. Fomos ao Fujioka tirar algumas fotos minhas. Chegando lá, fui levada para o estúdio. Após a sessão de fotos eu e meus pais fomos a várias praças e depois fomos ao parque de diversão. Eu e meu pai nos divertimos muito, minha mãe não era muito de brincar e por isso ficou olhando e tirando fotos.
Sempre que olho para essa foto, me vêm boas recordações à memória: lembro-me da minha infância que foi excelente! E até hoje gosto desta roupa, a considero bonita e acho que combinava comigo. Essa foto, não apenas essa, mas algumas outras também me ajudaram a perceber o quanto eu gostava de moda e foi um fator de grande importância na minha escolha sobre o curso que faria. Desde criança sempre gostei muito de roupas e acessórios, fazer indumentárias pra bonecas. Sempre fui apaixonada por moda, por isso resolvi que faria o curso de Design de Moda. Tudo graças a essa paixão pela moda desde cedo.
É por isso que hoje estou aqui na UEG, para aprender tudo que for necessário para tentar realizar o meu sonho de trabalhar na área em que gosto e me tornar uma excelente profissional para que tenha um grande reconhecimento.

O BELO VESTIDO QUE USEI NOS MEUS 15 ANOS

(Texto da aluna Tatiane Praxedes Nascimento, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Esta foto foi feita no dia do meu aniversário de 15 anos, eu usava um lindo vestido cor creme que eu mesma fiz. O modelo foi tirado de uma revista muito conhecida, chamada “Manequim”, adorei o modelo e por isso o fiz no meu tamanho e com algumas mudanças, é claro!
Eu não tive exatamente uma festa, foi apenas uma pequena comemoração com os familiares e amigos durante o dia, mas ainda assim um encontro de bom grado.
Chamei a atenção para o modelo, pois é uma peça muito linda, que inclusive a tenho guardada até hoje. No dia da festa, e ainda hoje, recebi e recebo vários elogios em relação ao vestido.
O modelo tem como inspiração o premiadíssimo filme Titanic, que conta a história de uma jovem rica e um jovem muito pobre que se encontram em um navio e se apaixonam, mas a moça está noiva de um grande empresário, e o que era uma história de amor proibido se transforma em uma corrida pela sobrevivência quando o “inafundável” navio colide com um iceberg em meio ao oceano atlântico.
Em relação à customização o vestido não ficou perfeito, principalmente quanto ao acabamento, até porque eu não era profissional e ainda não sou, mas hoje já consigo perceber (e consertar) muitos erros e pretendo fazer cada vez melhor.

MODELO INFANTIL DE MOULAGE

(Texto da aluna Camila de Sousa, 1º ano, Design de Moda, UEG)
Me chamo Camila de Sousa Cruz e esta foto foi tirada quando eu devia ter uns 3 ou 4 anos. Ela é um exemplo claro de que a arte, isto é, a moda, seria um caminho a seguir. É certo que nessa foto eu fui modelo de moulage (tipo de modelagem tridimensional), mas hoje me identifico mais com a área de criação. Eu considero muito essa foto, tanto que ainda uso esse corte channel. O interessante também é que hoje, os trabalhos de moulage são bem mais sofisticados e desenvolvidos. Enfim, essa foto me recorda tempos felizes e sem preocupações (olhem meu rosto de contentamento), o importante é que muitas outras fotos virão, mas essas serão de roupas que eu mesma desenharei e modelarei.

SORRISO DE CRIANÇA

(Texto da aluna Andréa Cordeiro de Brito, 1º ano, Design de Moda, UEG)


Essa foto é uma das minhas preferidas, além de ser um registro de minha infância, foi uma viagem que fiz com a minha família para o estado do Rio de Janeiro. Estávamos passando as férias no Rio das Ostras, nesse dia, tínhamos viajado até Cabo Frio, não me lembro muito bem de detalhes porque eu era muito nova, mas me recordo que foi um passeio de barco pelo mar de Cabo Frio com a família reunida e se divertindo – como mostra o sorriso estampado no meu rosto.
Tenho saudades desse tempo onde eu era criança, era uma alegria plena, incomparável. Lembro que neste dia nós fomos à praia, visitamos uns parentes que moravam na cidade onde estávamos e fizemos esse passeio de barco, que foi muito lindo, cada vista mais bela que a outra, aquele mar lindo e um sol estonteante.
Lembro-me bem da peça de roupa que estava vestida: era um macacãozinho que eu adorava quando criança, feito de malha fria, leve e confortável, florido, infantil, colorido e em tons fortes. Entretanto, as cores não eram tão agressivas e representavam o verão com propriedade, sendo que, na ocasião “caiu muito bem”. E já que moramos em um país tropical, onde o verão é quase o ano inteiro, é uma peça que “cai bem” sempre.

domingo, 8 de março de 2009

Charles Chaplin

Para os alunos do 3º ano do Design de Moda, da disciplina Estágio Supervisionado.
Assista no Youtube uma das melhores partes do filme: Tempos Modernos (Modern Times, 1936, de Charles Chaplin)
Esse filme pode ser adquirido na CARA VÍDEO LOCADORA em Goiânia-GO:
Abaixo segue a citação que li na aula do grande ator, diretor, roteirista e músico inglês, Charles Chaplin (1889-1977), a respeito da vida:

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai para o colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"

Lembrem-se do trabalho que estamos fazendo sobre o filme "Tempos Modernos" do Chaplin.