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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Transformação

O bom de tudo:
Tenho reparado que esse blog continua sendo muito acessado, recebendo muitas visitas - mesmo que as pessoas não comentem, nem o sigam. Até tinha pensado em deletá-lo, mas, em virtude disto, repensei e vou deixando-o aqui. Quem sabe reestruture-o futuramente?

Mudei de cidade, viajei, mudei de instituição de ensino... Sinto muuuitas saudades de todos, todos esses alunos da Universidade Estadual de Goiás, do curso de Moda, que ajudaram a compor este blog aqui. Continuo a amizade com as professoras, nos encontramos de vez em quando num café pra papear! Felicidades e sucesso a todos. Procurem-me no Facebook, enviem-me e-mails perguntando como vai a vida e mandem notícias! rs

Ah, o FOTOCLUBE SUPER OLHO... Desvinculamo-nos enquanto projeto de extensão e cultura da UEG, nos tornamos um coletivo independente e estamos em vias de registro na Confederação Brasileira de Fotografia! Um post meu no blog do Super Olho: http://fotoclubesuperolho.blogspot.com/2011/10/album-de-familia.html

E novos projetos: audiovisual, cinema, fotografia, artes visuais, teatro.
Até breve.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Fotoclube Super Olho

Dei uma sumida do Blog nesses últimos 5 meses, no entanto, foi uma sumida bastante produtiva pois estive trabalhando muito e envolvida com coisas novas! Agora, coordeno um novo Projeto de Extensão e Cultura também vinculado à Universidade Estadual de Goiás: o Fotoclube Super Olho!

Estamos idealizando nossa primeira exposição do ano de 2010. O núcleo de integrantes não é muito grande, mas o atendimento à comunidade externa será trabalhoso e se atenderá muitas pessoas, já que iremos ministrar oficinas/ aulas de graça em escolas.

O fotoclube tem parceria com a Escola de Música Batista de Goiânia, mas, na maioria das vezes, nossos encontros acontecem em vários locais que remetem ao universo artístico e intelectual e ao mesmo tempo popular da capital: no Bairro de Campinas...


Meninas do Super Olho fotografando no Setor Campinas em Goiânia, 19/03/2010.

Prédios históricos de Campinas – fotos minhas da saída fotográfica do Super Olho, 19/03/2010.

Já fizemos encontro no Centro Cultural Martim Cererê, reduto underground de Goiânia:

O 1º encontro do Super Olho: Centro Cultural Martim Cererê, atrás os teatros Pyguá e Yguá. Meninas do Super Olho batendo papo após nosso 1º encontro, 15/04/2010

Outro local que fotografamos foi na Praça Universitária, local que já reuniu estudantes em congressos e protestos do movimento estudantil. Temos nos encontrado mais no Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás, que fica de frente para essa praça e para a Biblioteca Marieta Teles.

Foi no Museu Antropológico, em junho, que aconteceu a oficina de fotografia Pin Hole, ministrada por Cleiton Oliveira, que está se formando no Curso Superior de Fotografia e Imagem da Universidade Cambury em Goiânia e escrevendo seu trabalho de conclusão de curso sobre este tema. Ministraremos esta oficina em agosto para escolas públicas, de graça, e faremos uma exposição com as fotografias pin hole.

Cleiton Oliveira explicando como desenvolveu sua técnica de fazer pin hole com filme negativo colorido e caixinha de fósforo. Ele deixou a todos empolgados para que chegasse logo o dia da oficina! 09/06/2010

Finalmente: o dia da oficina no Museu Antropológico da UFG!

Câmera pin hole feita com caixinha de fósforo e filme 35 mm colorido.

Cleiton Oliveira fotografando escultura na Praça Universitária em Goiânia, 16/06/2010

Resultado de Alexandre Rabelo, que fotografou o próprio negativo revelado.

O fotoclube está empolgado com as pin holes feitas com negativo de filme colorido! Cada um tem fotografado fora do fotoclube pra tentar dominar melhor esse equipamento tão rudimentar que é uma câmera pin hole, derivada mais próxima da antiga camara obscura. Ainda vamos nos reunir pra vermos o resultado de todos e prometo postar aqui algumas fotos de pin hole com câmera de caixinha de fósforo e filme!

Alexandre Rabelo é outro participante que tem experimentado com bastante ênfase a linguagem analógica, seu atual passatempo é comprar câmeras antigas. Sua última aquisição foi uma câmera Holga, chinesa, de plástico, leve, leve, parece uma câmera de brinquedo “e deve ter uns 30 anos” – palavras do Rabelo! É engraçado o afeto que às vezes conferimos a alguns objetos que muito gostamos, a Holga do Rabelo não é uma câmera, é quase uma dama e ele a trata por "Dona Holga"!

Pelo olhar da amada: auto-retrato de Alexandre Rabelo, artisticamente retratado! Foto de câmera digital de um fotograma de filme formato 120 mm da "Dona Holga".

No início de julho, realizamos “fotojornalismo” na Festa do Divino Pai Eterno em Trindade, romaria que vem acontecendo há 170 anos e reúne pessoas do Brasil inteiro. Além da festa, do seu lado sagrado e profano, do seu lado comercial, fotografamos a passeata dos carros de boi que vêm de cidades longínquas de Goiás, com famílias que preservam esta tradição há anos e anos.

Fotoclubistas: Lizandra Olavrak, Juliana Vieira e Rabelo.

Foto de Alexandre Rabelo - Festa do Divino Pai Eterno em Trindade-GO, 01/07/2010.

Foto de Lizandra Olavrak - Festa do Divino Pai Eterno em Trindade-GO, 01/07/2010.

Até!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

No Martim Cererê

Abaixo, uma linda produção fotográfica realizada nas dependências do Centro Cultural Martim Cererê em Goiânia, de minhas alunas que acabaram de concluir o 3º ano do curso de Design de Moda na UEG (esperando só a Colação de Grau), Caroline Albuquerque e Lizandra Olavrak.
Além das fotos, há um breve apontamento sobre o Centro Cultural Martim Cererê em Goiânia.
Sob o olhar fotográfico de Lizandra Olavrak:

Foto 1 - Thayane veste: vestido de Gleidiane Gomes

Os créditos da produção:

Beauty Stylist: Caroline Albuquerque
Fotografia: Lizandra Olavrak
Produção de Moda: Caroline Albuquerque e Lizandra Olavrak
Modelo: Thayane Lima


A respeito da produção, Caroline Albuquerque enfatizou: "Pra Thayane idealizamos uma Diva dos anos 1930 porque seu rosto "anguloso" e pele morena sempre remete à beleza indígena ou indiana (eu mesma já a produzi outras vezes como indígena). Já, nesta produção, imaginei-a super elegante, com vestidos de festa e pensamos no contraste moderno com a estrutura arquitetônica do Martim Cererê!"


Foto 2 - Thayane veste: vestido do acervo de Saulo Hazuk

Pra quem não sabe, o Martim Cererê é composto por 3 teatros com cadeiras móveis: Teatro Yguá (190 pessoas) e Pyguá (300 pessoas); por um teatro de arena, o Ytakuá (500 pessoas), além de um bar. É um local onde acontecem eventos artísticos variados, desde peças de teatro, espetáculos circenses, shows de rock a festivais de Cine Trash... Atualmente, é um dos importantes expoentes da cena alternativa/ artística goianiense.

Os dois teatros cobertos são pequenos e arredondados e eram caixas d'água da Saneago (Saneamento do Estado de Goiás). Tais reservatórios eram de concreto e tinham cada um a capacidade de armazenar 500 mil litros de água.

Foto 3 - Thayane veste: vestido de Thayane Lima


Lembro-me de uma professora que tive no Ensino Médio, lá no Colégio Agostiniano, que ministrou História de Goiás, contar que durante a Ditadura Militar, torturavam presos políticos no interior das caixas d'água que hoje compõem o Martim Cererê.

Foto 4 - Thayane veste: vestido de Raphael Fraga e casquete de Caroline Albuquerque
Disse a professora: "Imaginem vocês, serem jogados dentro de uma caixa d'água desativada, mas com alguma água ainda, com ratos... Os vizinhos ouviam gritos e gemidos, mas ninguém podia falar nada. Os vizinhos ali no Setor Sul, nunca podiam dizer que ouviam algo! Assim, para 'mudarem' o conceito de tortura do lugar, mandaram buscar no Rio de Janeiro um diretor de teatro, o Marcos Fayad, e transformaram as caixas d'água da Saneago num centro cultural".


Foto 5 - Thayane veste: vestido de Raphael Fraga e casquete de Caroline Albuquerque

A obra arquitetônica do Centro Cultural Martim Cererê teve assinatura de Gustavo Veiga e este espaço ganhou seu nome derivado da primeira peça encenada no ambiente: Martim Cererê, de Cassiano Ricardo.
A montagem/ direção da peça de Cassiano Ricardo foi do ator/ diretor Marcos Fayad que veio do Rio de Janeiro em 1987, e juntamente com a Secretaria de Cultura do Estado de Goiás idealizou este centro cultural.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fórum de inspirações


Cartaz enviado pela aluna, Káthia Lima Vieira, do 1º ano de Design de Moda - UEG.
Clique em cima da imagem para visualizá-la maior.

Evento: Fórum de Inspirações (para bolsas, calçados e artefatos - Verão 2011)
Palestra com: Marnei Caminatti
Data: 27/10/2009
Horário: 19 horas
Local: Faculdade de Tecnologia SENAI Ítalo Bologna - Auditório Gilson Alves de Souza
Rua Armogaste José Silveira, 612, Setor Centro Oeste
Inscrições: assistencal.org.br/forum ou www.senai.br/design
Obs.: O material do evento será entregue somente mediante apresentação de cartão profissional.
Realização: Assistencal by Brasil, SEBRAE, SENAI, Apex-Brasil

Eu odeio moda!

Abaixo o ousado texto da provocativa, Lizandra Olavrak, aluna do 3º ano de Design de Moda da UEG.
Em um mundo onde a imagem é o que conta, a moda encontra aí também seu lugar e se fortalece a cada dia. A maneira como eu me visto mostra quem sou ou mascara quem sou, minhas roupas me levam a várias portas. Será?

As pessoas são avaliadas muitas vezes pelas roupas que usam e, apenas por esse artifício, alguém já é determinado e carimbado, o que geralmente impede até mesmo que a vejam de modo diferente.

Um cidadão não pode usar roupas simples de nenhuma marca, roupas compradas em feiras populares apenas. Uma roupa bem escolhida confere status, pois uma pessoa bem arrumada, com uma peça bem cortada de marca cara e famosa, é bem vista pelos olhos dos outros e é tida como uma pessoa confiável.

A roupa é usada nesse caso como máscara, porque essa pessoa pode não ser uma pessoa confiável, mas é essa a imagem que ela passa aos outros.

Pessoas mal vestidas são discriminadas, rejeitadas, e logo são vistas como marginais. É certo que isso não é uma regra, mas mostra que na maioria das vezes, é assim que agimos.

A vontade de ser diferente, de mostrar o que se pensa, seus sentimentos, medos e insegurança, também influencia a maneira como vestir, surgindo estilos, grupos com características fortes.

Existe uma força na moda, um poder que une gerações, constrói e destrói imagens para serem reconstruídas inúmeras vezes, ressurgindo cada vez mais forte.

Mas e aí? O que isso tem a ver com odiar moda? Nem é a moda que dita essas coisas, é a cabeça preconceituosa, mesquinha e limitada das pessoas. Era esse tipo de pensamento que eu tinha com relação à moda, que a moda era algo que excluía as pessoas, que ela só estava ao alcance de quem realmente podia consumir. Que moda tinha, obrigatoriamente, que seguir padrões, roupas caras e de grife, corpo magro e esbelto, a beleza anorexa de modelos adolescentes drogadas e superficialmente felizes em anúncios, e todos os estereótipos atribuídos à moda.

Sim e não, essa é a resposta para a pergunta que eu não fiz! Dentro da moda existem pessoas que pensam assim: que a moda é um simples unir de tendências, estilos, vestes e beleza; que é um simples ir e voltar na passarela, mostrando roupas que quase ninguém poderá usar, Ou a repelem odiosamente combatendo os padrões nela existentes.
Resolvi pensar que a moda é algo mais que isso, e vejo que muitas pessoas também pensam assim, a postura de algumas pessoas que fazem moda está mudando: a moda não é algo apenas superficial e visto como futilidade.

E a moda tem mesmo que ser assim, algo social, que se preocupa com a humanidade, salvadora dos pobres e oprimidos? Eu realmente não sei, e várias vezes penso que não, mas quando paro para pensar nisso, tenho absoluta certeza que sim.

Eu odeio moda, e todos os estereótipos direcionados a ela, e todas as futilidades atribuídas a ela e todo aquele circo. Acredito que é muito mais que essas coisas e não quero responder questionamento nenhum, pois cada pessoa tem que pensar por si e encontrar uma função e o porquê gosta de moda. A maioria dos meus colegas de curso dizem que amam a moda, que moda é tudo, e copiam frases feitas, e se enchem de frases de estilistas famosos, e muitas vezes nem ao menos a essência dessas frases ditas eles captam. Prefiro enxergar mais que isso, e acreditar que é mais que isso, ficar com a rebeldia em frases e sem morrer a cada dia com o que não se mata.

Então, como eu posso estar dentro de algo que eu odeio? Justamente por isso!

Eu prefiro odiar a moda e pensar que ela é algo muito mais além de combinações, texturas e cores, sorrisos falsos e beleza efêmera. Prefiro minhas frases e admirar a beleza de todas essas coisas, admirar o processo belo da criação e de não ser e nem me sentir obrigada a gostar de algo ou a fazer algo, porque todos assim fazem. Posso estar certa, posso estar errada, assim como posso não estar coisa alguma, posso ofender algumas pessoas com tudo isso, ou não. Isso não é importante, não quero responder a nada, quero apenas ser e não estar, não existe arrependimento na escolha que fiz, apenas descobertas.

Não, eu não odeio a moda, e sim, eu odeio a moda!

Lizandra Olavrak

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Corset

Espartilhos são lindos, mas também polêmicos!

Aproveitando o gancho do texto da postagem anterior da aluna, Tainara Caiuá, um videozinho sobre um pouco da história do corset (do francês, espartilho) com a estilista brasileira, Madame Sher. O vídeo:

Onde vi esse vídeo: no blog Tight Lacing