Pesquisar este blog

terça-feira, 6 de julho de 2010

Fotoclube Super Olho

Dei uma sumida do Blog nesses últimos 5 meses, no entanto, foi uma sumida bastante produtiva pois estive trabalhando muito e envolvida com coisas novas! Agora, coordeno um novo Projeto de Extensão e Cultura também vinculado à Universidade Estadual de Goiás: o Fotoclube Super Olho!

Estamos idealizando nossa primeira exposição do ano de 2010. O núcleo de integrantes não é muito grande, mas o atendimento à comunidade externa será trabalhoso e se atenderá muitas pessoas, já que iremos ministrar oficinas/ aulas de graça em escolas.

O fotoclube tem parceria com a Escola de Música Batista de Goiânia, mas, na maioria das vezes, nossos encontros acontecem em vários locais que remetem ao universo artístico e intelectual e ao mesmo tempo popular da capital: no Bairro de Campinas...


Meninas do Super Olho fotografando no Setor Campinas em Goiânia, 19/03/2010.

Prédios históricos de Campinas – fotos minhas da saída fotográfica do Super Olho, 19/03/2010.

Já fizemos encontro no Centro Cultural Martim Cererê, reduto underground de Goiânia:

O 1º encontro do Super Olho: Centro Cultural Martim Cererê, atrás os teatros Pyguá e Yguá. Meninas do Super Olho batendo papo após nosso 1º encontro, 15/04/2010

Outro local que fotografamos foi na Praça Universitária, local que já reuniu estudantes em congressos e protestos do movimento estudantil. Temos nos encontrado mais no Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás, que fica de frente para essa praça e para a Biblioteca Marieta Teles.

Foi no Museu Antropológico, em junho, que aconteceu a oficina de fotografia Pin Hole, ministrada por Cleiton Oliveira, que está se formando no Curso Superior de Fotografia e Imagem da Universidade Cambury em Goiânia e escrevendo seu trabalho de conclusão de curso sobre este tema. Ministraremos esta oficina em agosto para escolas públicas, de graça, e faremos uma exposição com as fotografias pin hole.

Cleiton Oliveira explicando como desenvolveu sua técnica de fazer pin hole com filme negativo colorido e caixinha de fósforo. Ele deixou a todos empolgados para que chegasse logo o dia da oficina! 09/06/2010

Finalmente: o dia da oficina no Museu Antropológico da UFG!

Câmera pin hole feita com caixinha de fósforo e filme 35 mm colorido.

Cleiton Oliveira fotografando escultura na Praça Universitária em Goiânia, 16/06/2010

Resultado de Alexandre Rabelo, que fotografou o próprio negativo revelado.

O fotoclube está empolgado com as pin holes feitas com negativo de filme colorido! Cada um tem fotografado fora do fotoclube pra tentar dominar melhor esse equipamento tão rudimentar que é uma câmera pin hole, derivada mais próxima da antiga camara obscura. Ainda vamos nos reunir pra vermos o resultado de todos e prometo postar aqui algumas fotos de pin hole com câmera de caixinha de fósforo e filme!

Alexandre Rabelo é outro participante que tem experimentado com bastante ênfase a linguagem analógica, seu atual passatempo é comprar câmeras antigas. Sua última aquisição foi uma câmera Holga, chinesa, de plástico, leve, leve, parece uma câmera de brinquedo “e deve ter uns 30 anos” – palavras do Rabelo! É engraçado o afeto que às vezes conferimos a alguns objetos que muito gostamos, a Holga do Rabelo não é uma câmera, é quase uma dama e ele a trata por "Dona Holga"!

Pelo olhar da amada: auto-retrato de Alexandre Rabelo, artisticamente retratado! Foto de câmera digital de um fotograma de filme formato 120 mm da "Dona Holga".

No início de julho, realizamos “fotojornalismo” na Festa do Divino Pai Eterno em Trindade, romaria que vem acontecendo há 170 anos e reúne pessoas do Brasil inteiro. Além da festa, do seu lado sagrado e profano, do seu lado comercial, fotografamos a passeata dos carros de boi que vêm de cidades longínquas de Goiás, com famílias que preservam esta tradição há anos e anos.

Fotoclubistas: Lizandra Olavrak, Juliana Vieira e Rabelo.

Foto de Alexandre Rabelo - Festa do Divino Pai Eterno em Trindade-GO, 01/07/2010.

Foto de Lizandra Olavrak - Festa do Divino Pai Eterno em Trindade-GO, 01/07/2010.

Até!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

No Martim Cererê

Abaixo, uma linda produção fotográfica realizada nas dependências do Centro Cultural Martim Cererê em Goiânia, de minhas alunas que acabaram de concluir o 3º ano do curso de Design de Moda na UEG (esperando só a Colação de Grau), Caroline Albuquerque e Lizandra Olavrak.
Além das fotos, há um breve apontamento sobre o Centro Cultural Martim Cererê em Goiânia.
Sob o olhar fotográfico de Lizandra Olavrak:

Foto 1 - Thayane veste: vestido de Gleidiane Gomes

Os créditos da produção:

Beauty Stylist: Caroline Albuquerque
Fotografia: Lizandra Olavrak
Produção de Moda: Caroline Albuquerque e Lizandra Olavrak
Modelo: Thayane Lima


A respeito da produção, Caroline Albuquerque enfatizou: "Pra Thayane idealizamos uma Diva dos anos 1930 porque seu rosto "anguloso" e pele morena sempre remete à beleza indígena ou indiana (eu mesma já a produzi outras vezes como indígena). Já, nesta produção, imaginei-a super elegante, com vestidos de festa e pensamos no contraste moderno com a estrutura arquitetônica do Martim Cererê!"


Foto 2 - Thayane veste: vestido do acervo de Saulo Hazuk

Pra quem não sabe, o Martim Cererê é composto por 3 teatros com cadeiras móveis: Teatro Yguá (190 pessoas) e Pyguá (300 pessoas); por um teatro de arena, o Ytakuá (500 pessoas), além de um bar. É um local onde acontecem eventos artísticos variados, desde peças de teatro, espetáculos circenses, shows de rock a festivais de Cine Trash... Atualmente, é um dos importantes expoentes da cena alternativa/ artística goianiense.

Os dois teatros cobertos são pequenos e arredondados e eram caixas d'água da Saneago (Saneamento do Estado de Goiás). Tais reservatórios eram de concreto e tinham cada um a capacidade de armazenar 500 mil litros de água.

Foto 3 - Thayane veste: vestido de Thayane Lima


Lembro-me de uma professora que tive no Ensino Médio, lá no Colégio Agostiniano, que ministrou História de Goiás, contar que durante a Ditadura Militar, torturavam presos políticos no interior das caixas d'água que hoje compõem o Martim Cererê.

Foto 4 - Thayane veste: vestido de Raphael Fraga e casquete de Caroline Albuquerque
Disse a professora: "Imaginem vocês, serem jogados dentro de uma caixa d'água desativada, mas com alguma água ainda, com ratos... Os vizinhos ouviam gritos e gemidos, mas ninguém podia falar nada. Os vizinhos ali no Setor Sul, nunca podiam dizer que ouviam algo! Assim, para 'mudarem' o conceito de tortura do lugar, mandaram buscar no Rio de Janeiro um diretor de teatro, o Marcos Fayad, e transformaram as caixas d'água da Saneago num centro cultural".


Foto 5 - Thayane veste: vestido de Raphael Fraga e casquete de Caroline Albuquerque

A obra arquitetônica do Centro Cultural Martim Cererê teve assinatura de Gustavo Veiga e este espaço ganhou seu nome derivado da primeira peça encenada no ambiente: Martim Cererê, de Cassiano Ricardo.
A montagem/ direção da peça de Cassiano Ricardo foi do ator/ diretor Marcos Fayad que veio do Rio de Janeiro em 1987, e juntamente com a Secretaria de Cultura do Estado de Goiás idealizou este centro cultural.