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sábado, 14 de março de 2009

A FELICIDADE EM SIMPLES FORMAS: MODA, SORRISOS E OLHARES

(Texto da aluna Thays Florencio Moura, 1º ano, Design de Moda, UEG)

Era uma manhã ensolarada do dia 19 de setembro de 1994, minha mãe havia colocado em mim uma de minhas roupas preferidas – um lindo conjunto jeans com detalhes em brim de cores alegres – o que eu mais gostava é que fazia parte do conjunto uma pochete preta que era bem parecida com aquelas apresentadas por Marc Jacobs para sua marca mais acessível: a “Marc by Marc Jacobs” da coleção 2008.
Estas indumentárias costumam aparecer como se fossem pequenas bolsinhas agregadas aos cintos, porém, para mim não era apenas uma pequena bolsinha, algo nela me deixava encantada. Não sei se pelo fato dela ter pequenas flores, ou se porque independente da forma que eu brincasse, ela nunca caía, estava sempre ali junto ao conjunto o que me trazia segurança, pois sabia que ali eu poderia guardar pequenos objetos e ter certeza que não iria perdê-los, a não ser que alguém a pegasse. Isso fazia com que eu tivesse o maior cuidado com pessoas “desconhecidas” que se aproximavam – eu estava sempre com a mão sobre a pochete.
Nesse dia, fui com a minha mãe ao parque – um lugar maravilhoso pra se estar naquela época – foi um dia lindo, tirando pelo horrível fato de que o meu sapatinho (lindo) ficou cheio de areia. O parque era ótimo, mas foi péssimo calçar o sapato com o pé cheio de areia, claro que a maioria das crianças nem se importa com isso, mas eu sempre tive um lado meio fresco, então, incomodou muito e por causa deste incômodo quase fiquei sem o meu sapatinho preferido, um adereço um tanto comum naquela época. Era raríssimo encontrar uma garota que não tivesse um sapato naquele modelo.
Olhar para a foto tirada nesse dia me traz belíssimas recordações, como o fato de que minha mãe sempre me vestia super bem e isso acabou despertando o meu interesse não só por vestir moda, mas por ela num todo, desde sua história até a criação da mesma, a forma com que os estilistas utilizam fotos, arquivos, contos e até mesmo obras de arte para transformar em novas obras artísticas. É simplesmente maravilhoso!
É incrível como o “nada” pode ser transformado em maravilhas. A moda é uma arte inigualável, pois é capaz de transformar. Quando se olha uma foto antiga é fácil de perceber a mudança, as roupas que usávamos acabam servindo de referência para aquelas que ainda vamos usar, isso desperta a curiosidade e a vontade de criar, de transformar.
Uma roupa como a minha em 1994 poderá ser combinada com uma de 2024 e dar origem a uma nova peça, e é essa a magia da moda. É uma arte que transforma simples expressões em roupas, sapatos e os mais diversos acessórios e estes são novamente transformados em novas expressões.
No meu caso, uma combinação do tradicionalíssimo jeans, com pochete e sapatinho preto com meias ¾: o estilo bonequinha da época – um tanto marcante na minha vida, pois a cada vez que olho a foto sinto mais e mais vontade de criar e de ver outras tantas garotinhas e mulheres usando as roupas que vão sair da minha cabeça. E dessa forma, ter em cada roupa que eu criar um “pedacinho” do meu coração. E isso com certeza me levará para a mais alta das felicidades nas coisas mais simples de diversas formas: na moda, em sorrisos e em olhares que trarão a mim a satisfação de poder agradar outras pessoas.
Hoje, depois de muitos anos, recoloquei minhas idéias no lugar, tenho um estilo que não tem nada a ver com o que eu tinha antes. Meu estilo é hoje romântico, uso cores mais claras e às vezes, escuras, mas looks que acompanham tendências dentro do que sou.



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